O candidato do PSC discursou na plenária lotada da Assembleia Legislativa de São Paulo. A organização estima que 5 mil militantes compareceram à convenção, entre os presentes no auditório e os que ficaram do lado de fora do prédio.
Apesar de compor a base do governo até o início deste ano, Everaldo adota o discurso da mudança. "Hoje 74% dos brasileiros querem mudança e a nossa candidatura é a única que pode oferecer essa mudança", afirmou durante seu pronunciamento. Segundo o candidato, o partido fazia apenas parte da base parlamentar e votava de acordo com o interesse dos brasileiros.
Everaldo bateu em pontos comuns a qualquer campanha, como os problemas em saúde, educação e segurança pública. "O combate ao crack virou uma lenda. No Brasil de hoje, a grande maioria que paga impostos não tem acesso a um serviço de saúde de qualidade", disse.
Everaldo reafirmou discurso de defesa da família "como está na Constituição" e posicionamento contrário ao aborto.
Marco Feliciano, deputado federal do partido por São Paulo que presidiu a Comissão de Direitos Humanos, no ano passado, criando polêmica sobre sua postura conservadora para temas como direitos de minorias, não compareceu ao evento. "Até saudei ele. Para mim, ele estava aí. Não prestei atenção", disse o pastor.
No campo político e econômico, o candidato afirmou que fará uma reforma administrativa, com redução dos ministérios para 20, reforma fiscal e um novo pacto federativo. "Nossos prefeitos estão com o pires na mão, pedindo misericórdia para fechar as contas", afirmou. Segundo Everaldo, o bolo da arrecadação deve ser distribuído com mais justiça, priorizando municípios.
A renegociação da dívida pública interna também é uma proposta do candidato pelo PSC, que afirma que o Brasil paga 44% da arrecadação em serviços da dívida. Segundo ele, não haveria quebra de contrato, apenas renegociação junto aos credores. "Em 1913 foi a última renegociação da dívida interna", afirmou.
Everaldo citou ainda o ex-presidente Itamar Franco como exemplo de diálogo entre partidos para o bem do País. "Ele pegou o País numa situação difícil, chamou todas as forças políticas e conseguiu, sem olhar para seu interesse pessoal, o interesse do seu partido, mas olhando o interesse do Brasil, nos deixar estabilidade econômica e eleger sucessor que nem era do seu partido", completou..