"Duvido que alguma pessoa com o mínimo de educação trataria a presidente com o desrespeito como parte da elite tratou a Dilma", disse. "Aquelas pessoas não sabem o que é um calo na mão", completou Lula.
O ex-presidente disse que o suposto ódio da oposição contra o governo do PT resultará em uma campanha eleitoral "atípica" e "perigosa" em 2014. "Se em 2002 tínhamos que fazer a esperança vencer o medo, agora a campanha consiste em esperança vencer o ódio", disse. De acordo com ele, a campanha deste ano deverá conter "uma boa dosagem de debate ideológico".
Lula afirmou que o sentimento dos adversários do PT se deve à política de inclusão e de participação social defendida pelo seu partido nos últimos 12 anos de governo. "O PT mudou o padrão de governança deste País", afirmou.
Para ilustrar a sua tese, Lula relembrou a história do partido e a campanha eleitoral de 1989, quando, segundo ele, houve uma mobilização dos políticos nacionais e da mídia para impedir que "um metalúrgico ocupasse a Presidência da República". "O ódio dos adversários se deve ao fato de que, pela primeira vez neste País, termos provado à elite que tem gente mais competente para governar."
O ex-presidente disse ainda, em seu discurso, que vai se empenhar na campanha de Padilha e para a reeleição de Eduardo Suplicy ao Senado Federal. E pediu tranquilidade e empenho dos militantes para rebater os ataques da oposição.