(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Maioria dos juízes são brancos e estão insatisfeitos com salários que recebem, diz CNJ

O levantamento ainda apontou que a magistratura brasileira tem maioria de homens e apenas 1,4% se caracterizam como negros


postado em 16/06/2014 16:17 / atualizado em 16/06/2014 17:02

A magistratura brasileira é de maioria branca, segundo censo dos magistrados, realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e divulgado nesta segunda-feira. Os números apontam que 84,5% dos juízes e desembargadores se declaram brancos. Outros 14% se consideram pardos e apenas 1,4% negros e 0,01% indígenas. O levantamento contou com a participação de 64% dos magistrados, o que corresponde a 10.796 – do total de 16.812 em atividade. O índice de participação dos servidores da Justiça é de 60%. A pesquisa foi feita pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ/CNJ) entre os dias 04 de novembro e 20 de dezembro de 2013.

A magistratura também é de maioria masculina. Ao todo, 64% dos magistrados são homens, sendo que o maior número está nos tribunais superiores. Nesses casos, a concentração chega a 82% dos ministros.

De acordo com o CNJ, o projeto pretende aprimorar o planejamento das políticas judiciárias. “O projeto fortalece o momento de autoconhecimento da Justiça brasileira, pois está inserido nas expressivas transformações institucionais inspiradas nos novos paradigmas de gestão da sociedade contemporânea”, justifica o conselho.

A pesquisa ainda verificou que quase 70% dos entrevistados não estão satisfeitos com salário que recebem para executar as funções do judiciário. O levantamento também mostrou que a jornada média diária de trabalho é de 9 horas e 18 minutos. A idade média dos juízes é de 45 anos. Do total dos pesquisados, 80% afirmaram ser casados ou viver em união estável. Um por cento disse que a união é com pessoa do mesmo sexo.

Os resultados foram considerados positivos pelo coordenador do Censo, conselheiro Paulo Teixeira. Segundo ele, mesmo comparado com outros países como Estados Unidos, Inglaterra e Canadá, que já fazem o levantamento a mais tempo. “Esse trabalho gigantesco tende a melhorar a prestação jurisdicional e a identificar a magistratura brasileira”, afirmou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)