Brasília - A Petrobras e as empresas citadas nas investigações do Ministério Público Federal sobre a conexão entre suspeitas de desvios na Refinaria Abreu e Lima, de Pernambuco, e na Refinaria Presidente Getúlio Vargas, no Paraná, negam ilegalidades e questionam os laudos que apontam superfaturamento nas obras das duas unidades.
O Consórcio Conpar, das construtoras Odebrecht, OAS e UTC Engenharia, informou ter prestado ao TCU "todas as informações e esclarecimentos quanto à regularidade dos preços praticados no âmbito do contrato, estando as elucidações em fase de análise pelo tribunal". O consórcio disse que sua contratação se deu por meio de processo licitatório, "nos estritos termos da legislação em vigor", e negou ter tratado de doações de campanha com o ex-diretor da Petrobrás. A Mendes Júnior, em nota, também disse não ter discutido doações eleitorais ou ter tratado dos contratos da refinaria do Paraná com Costa.
O Grupo Sanko afirmou, em nota, repudiar "veementemente as ilações que vêm sendo feitas" e reafirmou a total "transparência, legalidade e legitimidade de seus negócios". Segundo o grupo, todos os contratos das suas empresas são estritamente comerciais. "Os serviços foram contratados, pagos contra a emissão de notas fiscais, que foram todas devidamente contabilizadas, tributadas e pagas, via sistema bancário, de acordo com a legislação vigente", diz a nota. A Sanko informou ter prestado informações às autoridades "tão logo se iniciaram as investigações".