O candidato à Presidência da República e senador Aécio Neves (PSDB) informou nesta terça-feira que o seu vice será definido em reunião da executiva nacional do partido no dia 30, às 10h. "Temos nomes muito qualificados, inclusive apontados pela imprensa. O problema não é ausência e, sim, excesso de nomes qualificados, que me fez adiar a decisão. Vamos aguardar a definição de outras alianças para definir no dia 30 aquele que maior contribuição possa dar a uma caminhada de forma adequada", disse a jornalistas, sem descartar alternativas de nomes de dentro do partido e de fora dele. Hoje, há especulações em torno de políticos como o senador Aloysio Nunes (PSDB) e o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles (PSD).
"Não há por que não usarmos o tempo. Essa é uma lição antiga que usamos na política de Minas Gerais: política é essencialmente administração do tempo. Não se deve precipitar decisões que não precisam ser antecipadas, tampouco pode se deixar engolir pelo tempo", disse. O candidato à Presidência da República recebeu os jornalistas na sala da casa de um amigo, no Bairro Belvedere, região nobre de Belo Horizonte, onde assiste ao segundo jogo da seleção, contra o México.
No local, havia ex-jogadores do Cruzeiro, time de futebol de Aécio, do Atlético, e de outros clubes, como Piazza, Luizinho, Nelinho, Heleno, Cleber, Evaldo, Procópio, Vantuir Galdino, João Leite, Paulo Cruz, Batista, Dirceu Lopes, além de Giovane Gávio e Henrique, do vôlei. "Aqui tem duas seleções brasileiras, vim assistir ao jogo na companhia de quem conhece, amigos que foram construídos ao longo da vida. Hoje somos todos brasileiros, torcendo para ganharmos na bola, em campo, e depois vamos trabalhar para ganhar fora de campo", disse. O palpite de Aécio é uma vitória do Brasil por 3 gols a 0 do México.
"Dentro de campo, sempre achamos que a Copa vai funcionar muito bem, até porque os estádios estão prontos, que foram responsabilidade dos Estados. O que sempre alertamos foi para a incapacidade do governo em avançar nas obras de mobilidade, que ficaram, na maioria delas, no meio do caminho", falou. Segundo o candidato, o que não pode ocorrer é o PSDB cair "na armadilha" da tentativa permanente da divisão do Brasil em dois: daqueles que apoiam o governo e que são considerados patriotas e daqueles que apontam os equívocos do governo e são denominados, "impatriotas", pessimistas.
"Não, somos todos brasileiros. Vamos continuar apontando os equívocos do governo, mas esperamos que possamos comemorar mais um grande título para a Seleção Brasileira. Não vou cair nessa armadilha do falso confronto. Nós temos responsabilidade, como partido de oposição, de apresentar uma proposta alternativa a esta que aqui está", reforçou, citando que, no dia seguinte após o término da Copa, a economia do Brasil vai continuar a crescer 1% ao ano, com o recrudescimento da inflação e obras em infraestrutura paralisadas e com sobrepreço.
"Não podemos fazer esse debate olhando para o retrovisor da história, temos que olhar para o futuro, debater a saúde pública, avançar na segurança, fazer uma guerra contra o custo Brasil. Vamos debater os temas de interesse dos brasileiros. Essa radicalização imatura da disputas eleitoras não faz bem para o Brasil nem os brasileiros", disse. Ele comentou ainda que o candidato do PSDB ao governo do Estado de Minas, Pimenta da Veiga, é a continuidade do projeto vitorioso do partido no estado, inclusive com a contribuição dele. Aécio continua torcendo pelo Brasil com os seus amigos, em clima de festa, na case do amigo.
Com Agência Estado .