Jornal Estado de Minas

PSTU e PSOL formam frente para disputar pleito em MG

Os partidos afirmam que vão ter como proposta de governo as reivindicações feitas pela população durante as manifestações de 2013

Estado de Minas
O PSTU e o PSOL de Minas Gerais lançaram nesta quarta-feira a aliança "Frente de Esquerda" para disputar as eleições de 2014.
Segundo o pré-candidato ao governo do estado pela aliança, Fidélis Alcântara (PSOL), o PCB, que até o começo do mês dizia fazer parte da Frente, deve lançar candidatura própria.

Para Alcântara, a campanha da Frente terá como pauta as reivindicações que a sociedade, por meio das recentes manifestações, tem levantado. "Questões envolvendo a terra, a situação dos servidores públicos, agricultura familiar precisam ser colocadas de maneira mais clara e objetiva. É isso que queremos fazer. Uma das grandes qualidades das manifestações, especialmente as de junho do ano passado, é que elas mostram a grande insatisfação de uma boa parcela da população que quer mudança", disse, em coletiva de imprensa, na sede do Sindicato dos Jornalistas, em Belo Horizonte. O pré-candidato se disse contra a "quebradeira" e o vandalismo nas manifestações, mas afirmou que muitos dos jovens que atiram as pedras sofrem grande repressão cotidiana.

Para a professora Victoria Melo (PSTU), pré-candidata a vice, a Frente quer construir uma candidatura que "expresse os anseios das ruas, da classe trabalhadora". Ainda entre os nomes que vão compor a chapa estão o dirigente da Federal Democrática dos Metalúrgicos de Minas Gerais, Geraldo Batata (PSTU), que concorrerá a uma vaga no Senado Federal. Ele ressaltou que a Frente não receberá o "patrocínio" das grandes empresas, como as mineradoras, mas contribuições dos próprios trabalhadores.
"Queremos levar a situação da crise das siderúrgicas, das demissões recentes, da situação real atual do trabalhador ao Senado. Trabalhador mobilizado é possível", disse.

A pré-candidata a deputada estadual Vanessa Portugal (PSTU) explicou que a Frente de Esquerda tem um corte de campanha bem definido, que é de classe. "Existe uma falsa polarização que está sendo construída entre Pimentel candidato pelo PT ao governo de Minas Gerais e Pimenta nome do PSDB ao governo do Estado. As candidaturas do PSOL-PSTU têm a tarefa de mostrar que esses dois candidatos não são alternativos, não apresentam projetos diferentes para o Estado. Nós sim somos alternativa aos dois polos", falou.

A convenção estadual do PSOL já ocorreu no último sábado e a do PSTU está marcada para o dia 28. Conforme cálculos de Alcântara, o tempo da Frente na campanha em TV pode variar entre um e dois minutos, mas ainda depende da distribuição final entre os partidos e as alianças a serem fechadas.

 Com Agência Estado .