Num movimento ensaiado, a base aliada desistiu de comparecer à sessão da CPI mista da Petrobras, o que, na prática, evitou se realizar a sessão de votação de requerimentos que poderia votar as quebras de sigilo fiscal, bancário e telefônico do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de abastecimento da petroleira, Paulo Roberto Costa. Os dois estão presos e são investigados pela Polícia Federal no curso da Operação Lava Jato.
O presidente da CPI Mista da Petrobras, Vital do Rêgo (PMDB-PB), esperou meia hora para garantir o quórum mínimo de 17 parlamentares previsto no regimento para se votar os requerimentos. Não havia sequer quórum para abrir os trabalhos. Contudo, subscreveram a lista de presença apenas 10 parlamentares: os senadores Vital do Rêgo, Alvaro Dias (PSDB-PR), e os deputados Marco Maia (PT-RS), que é relator da CPI, Bernardo Santana (PR-MG), Julio Delgado (PSB-MG), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), João Magalhães (PMDB-MG), Izalci (PSDB-DF), Marcos Rogério (PDT-RO) e Rubens Bueno (PPS-PR).
Instalada após uma série de acusações de corrupção envolverem a Petrobras, a CPI mista já aprovou a convocação em suas primeiras sessões, como Paulo Roberto Costa, Alberto Youssef e do ex-diretor da área internacional da estatal Nestor Cerveró. A presidente da estatal, Graça Foster, e seu antecessor no cargo, José Sergio Gabrielli, também foram chamados. Desses nomes, apenas a atual presidente da petroleira já prestou depoimento na comissão mista. A CPI mista marcou o depoimento do ex-presidente da Petrobras para a próxima quarta-feira.
Com Agência Estado