Assim como já tinha falado hoje, um pouco mais cedo, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, Falcão também falou sobre "ódio", em referências indiretas aos tucanos. O presidente do PT disse que os "semeadores de ódio colhem o desdém do povo" e que "a presidenta, que plantou as sementes da concórdia, vai colher nas urnas o apoio popular".
Falcão fez um desagravo às vaias contra Dilma, criticou setores da imprensa e defendeu o polêmico decreto que instituiu a Política Nacional de Participação Social. Ele concentrou o discurso em críticas indiretas aos tucanos. "Tudo isso incomoda os nossos adversários. Sim, porque a comparação do nosso projeto com o deles lhes é amplamente desfavorável", citou, em trecho do discurso.
O dirigente também citou declarações feitas pelo candidato presidencial do PSDB, Aécio Neves, na convenção dos tucanos realizada no último sábado. "O cotejo de projetos é tão desvantajoso que um dos nossos adversários invocou um tsunami para nos varrer do mapa, como se no roldão levasse junto o legado dos governos petistas.
Medo
O mote do "medo" inserido nas propagandas do partido também integrou o texto no trecho em que Falcão ressaltou que os adversários irão mudar a política do salário mínimo, promover o desemprego, cancelar direitos, debilitar o Bolsa Família e cortar subsídios do BNDES e do Minha Casa Minha Vida. "Não vamos permitir retrocessos, nem a volta a um passado de recessão, arrocho e desemprego, cuja figura-símbolo, antes condenada ao ostracismo pelos parceiros, agora ressurge como guru nas convenções dos tucanos, pontificando como sempre e falando contra a corrupção que nunca combateu quando governou", afirmou, em referência indireta ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Ele também reservou parte do discurso para fazer um desagravo aos xingamentos direcionados à presidente Dilma Rousseff na abertura da Copa do Mundo. Falcão também enalteceu a importância da aliança que deverá se formar em torno de Dilma, com cerca de dez partidos aliados. O petista destacou ainda críticas à imprensa. "A democracia exige um ambiente de comunicação em que mais pessoas possam falar e ser ouvidas, em que a diversidade e a pluralidade de ideias existente no País - e não o pensamento único do "Grande Irmão"- possam se expressar de forma equilibrada na mídia em geral".
O decreto da presidente Dilma que instituiu a Política Nacional de Participação Social e vem gerado polêmica entre os congressistas também foi lembrado no discurso. "O decreto nada mais fez que consolidar mecanismos existentes. Eles não entendem que a democracia e o amadurecimento de uma Nação requerem participação da sociedade"..