A polarização com o PSDB na campanha presidencial de 2014 foi a marca do discurso do presidente nacional do PT, Rui Falcão, na convenção nacional petista, realizada neste sábado em Brasília.
Falcão fez um desagravo às vaias contra Dilma, criticou setores da imprensa e defendeu o polêmico decreto que instituiu a Política Nacional de Participação Social. Ele concentrou o discurso em críticas indiretas aos tucanos. "Tudo isso incomoda os nossos adversários. Sim, porque a comparação do nosso projeto com o deles lhes é amplamente desfavorável", citou, em trecho do discurso.
O dirigente também citou declarações feitas por Aécio Neves na convenção dos tucanos realizada no último sábado. "O cotejo de projetos é tão desvantajoso que um dos nossos adversários invocou um tsunami para nos varrer do mapa, como se no roldão levasse junto o legado dos governos petistas.
Medo
O mote do "medo" inserido nas propagandas do partido também integrou o texto no trecho em que Falcão ressaltou que os adversários irão mudar a política do salário mínimo, promover o desemprego, cancelar direitos, debilitar o Bolsa Família e cortar subsídios do BNDES e do Minha Casa Minha Vida. "Não vamos permitir retrocessos, nem a volta a um passado de recessão, arrocho e desemprego, cuja figura-símbolo, antes condenada ao ostracismo pelos parceiros, agora ressurge como guru nas convenções dos tucanos, pontificando como sempre e falando contra a corrupção que nunca combateu quando governou", afirmou, em referência indireta ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Ele também reservou parte do discurso para fazer um desagravo aos xingamentos direcionados à presidente Dilma Rousseff na abertura da Copa do Mundo. Falcão também enalteceu a importância da aliança que deverá se formar em torno de Dilma, com cerca de dez partidos aliados. O petista destacou ainda críticas à imprensa. "A democracia exige um ambiente de comunicação em que mais pessoas possam falar e ser ouvidas, em que a diversidade e a pluralidade de ideias existente no País - e não o pensamento único do "Grande Irmão"- possam se expressar de forma equilibrada na mídia em geral".
O decreto da presidente Dilma que instituiu a Política Nacional de Participação Social e vem gerado polêmica entre os congressistas também foi lembrado no discurso. "O decreto nada mais fez que consolidar mecanismos existentes. Eles não entendem que a democracia e o amadurecimento de uma Nação requerem participação da sociedade".
As informações são da Agência Estado
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