"Nunca fiz política com ódio. Não tenho rancor, mas não abaixo a cabeça. Não insulto, mas não me dobro. Não agrido, mas não fico de joelhos para ninguém. Não perco meu tempo odiando meus adversários porque tenho um país para governar, um povo para representar, um modelo de emancipação popular para executar e proteger dos que tentam bloqueá-lo", afirmou Dilma.
O "plano de transformação nacional" proposto pela presidente será ancorado pelo mote do "país das oportunidades". O projeto inclui um conjunto de medidas genéricas, que, no diagnóstico do governo, levará o País a um novo ciclo de desenvolvimento, "com solidez econômica e ampliação das políticas sociais". Estão na mira de Dilma mudanças que não conseguiram sair do papel até hoje, como as reformas política, federativa, urbana e de serviços públicos, além do programa "Brasil Sem Burocracia".
Fiador da segunda candidatura de Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu sua afilhada, chamou os tucanos de "essa gente" e retomou o discurso na linha "nós contra eles" ao pedir mais empenho e "adrenalina" dos petistas na ofensiva contra o candidato do PSDB, Aécio Neves, principal adversário do PT.
"Esse país foi a vida inteira governado por doutores, engenheiros e intelectuais, mas eu não vou citar nomes porque ele vai pensar que estou falando dele", provocou Lula, numa alusão ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, avalista de Aécio.