Em convenção marcada por fortes críticas aos tucanos, a presidente Dilma Rousseff foi indicada neste sábado como candidata do PT ao segundo mandato e anunciou um "plano de transformação nacional", com reforma urbana e dos serviços públicos, como eixo de um novo governo petista. Sob o slogan Mais Mudanças, Mais Futuro, Dilma prometeu um "ciclo histórico de desenvolvimento", pediu mais quatro anos no Planalto para mudar o País e, numa referência ao PSDB, disse que o ódio não vai vencer a disputa.
O "plano de transformação nacional" proposto pela presidente será ancorado pelo mote do "país das oportunidades". O projeto inclui um conjunto de medidas genéricas, que, no diagnóstico do governo, levará o País a um novo ciclo de desenvolvimento, "com solidez econômica e ampliação das políticas sociais". Estão na mira de Dilma mudanças que não conseguiram sair do papel até hoje, como as reformas política, federativa, urbana e de serviços públicos, além do programa "Brasil Sem Burocracia".
Fiador da segunda candidatura de Dilma, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu sua afilhada, chamou os tucanos de "essa gente" e retomou o discurso na linha "nós contra eles" ao pedir mais empenho e "adrenalina" dos petistas na ofensiva contra o candidato do PSDB, Aécio Neves, principal adversário do PT.
"Esse país foi a vida inteira governado por doutores, engenheiros e intelectuais, mas eu não vou citar nomes porque ele vai pensar que estou falando dele", provocou Lula, numa alusão ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, avalista de Aécio. Logo em seguida, emendou: "Por que, então, essa gente não resolveu o problema da educação no Brasil?".