Com um programa de governo que promete levantar as bandeiras por melhoria dos serviços públicos levadas às ruas em grandes manifestações em junho do ano passado, além da descriminalização da maconha e do aborto, o PSOL lançou neste domingo a candidatura da ex-deputada Luciana Genro (RS) à Presidência da República. O professor paulista Jorge Paz, do mesmo partido, será candidato a vice.
Luciana disse que, se vencer a eleição, sua primeira medida será uma reforma tributária que inverterá toda a lógica dos impostos cobrados atualmente, com desoneração para os trabalhadores e cobrança de taxas dos ricos e das grandes fortunas - nas pesquisas eleitorais, por enquanto o PSOL não passou da casa de 1% na preferência dos eleitores. Luciana disse que é a única candidata com coragem para anunciar esse tipo de cobrança porque "os três candidatos do sistema - Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) - vão manter os privilégios dos ricos".
A candidata do PSOL prometeu ainda que, se eleita, suspenderá o pagamento da dívida pública. Disse que o Equador fez isso, reduziu sua dívida em 75% "e nem por isso o mundo acabou para o país". Ela afirmou que não aceitará doação de empresas para sua campanha. Para Luciana Genro, o Uruguai, que descriminalizou o aborto e legalizou a maconha, deu uma grande lição de percepção da modernidade para o resto do mundo. Ela prometeu seguir o exemplo do país vizinho. "Temos de discutir de forma aberta a questão das drogas. A maconha causa males tanto quanto o álcool e não como as drogas pesadas. Como há uma repressão muito grande aos que buscam o produto para recreação, eles são obrigados a correr atrás de traficantes e isso acaba por prejudicá-los".
Quanto ao aborto, a candidata do PSOL disse que não pretende defender a prática, mas lutar para que o debate seja feito pela sociedade. "O aborto hoje é uma realidade. As mulheres ricas o fazem sem problema algum; as que não têm dinheiro recorrem a agulhas de crochê e muitas vezes se ferem. Então, que o sistema de saúde público cuide da saúde delas." Luciana prometeu ainda levantar a bandeira do movimento LGBT: "Vamos defender os direitos dos que querem amar, não interessando a forma".
Apesar de não ter concorrentes dentro do PSOL - o senador Randolfe Rodrigues (AP) desistiu da candidatura -, os nomes mais conhecidos do partido não compareceram à convenção, a exemplo dos deputados Chico Alencar (RJ), Ivan Valente (SP) e Jean Wyllys (RJ). O nome de Luciana Genro foi referendado por 61 integrantes do diretório nacional e 27 representantes de diretórios estaduais do partido, quase todos jovens entre 20 e 30 anos. Luciana é filha do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, do PT.
Aos 42 anos, a candidata do PSOL é hoje presidente da Fundação Lauro Campos, ligada ao partido. Ela foi deputada estadual no Rio Grande do Sul entre 1995 e 2002 pelo PT. Em 2002, foi eleita deputada federal, também pelo PT. Como se posicionou contrária à reforma da previdência proposta pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra a política econômica comandada pelos ex-ministros Antonio Palocci (Fazenda) e Henrique Meirelles (Banco Central), foi expulsa do PT em 2003.
Luciana disse que, se vencer a eleição, sua primeira medida será uma reforma tributária que inverterá toda a lógica dos impostos cobrados atualmente, com desoneração para os trabalhadores e cobrança de taxas dos ricos e das grandes fortunas - nas pesquisas eleitorais, por enquanto o PSOL não passou da casa de 1% na preferência dos eleitores. Luciana disse que é a única candidata com coragem para anunciar esse tipo de cobrança porque "os três candidatos do sistema - Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) - vão manter os privilégios dos ricos".
A candidata do PSOL prometeu ainda que, se eleita, suspenderá o pagamento da dívida pública. Disse que o Equador fez isso, reduziu sua dívida em 75% "e nem por isso o mundo acabou para o país". Ela afirmou que não aceitará doação de empresas para sua campanha. Para Luciana Genro, o Uruguai, que descriminalizou o aborto e legalizou a maconha, deu uma grande lição de percepção da modernidade para o resto do mundo. Ela prometeu seguir o exemplo do país vizinho. "Temos de discutir de forma aberta a questão das drogas. A maconha causa males tanto quanto o álcool e não como as drogas pesadas. Como há uma repressão muito grande aos que buscam o produto para recreação, eles são obrigados a correr atrás de traficantes e isso acaba por prejudicá-los".
Quanto ao aborto, a candidata do PSOL disse que não pretende defender a prática, mas lutar para que o debate seja feito pela sociedade. "O aborto hoje é uma realidade. As mulheres ricas o fazem sem problema algum; as que não têm dinheiro recorrem a agulhas de crochê e muitas vezes se ferem. Então, que o sistema de saúde público cuide da saúde delas." Luciana prometeu ainda levantar a bandeira do movimento LGBT: "Vamos defender os direitos dos que querem amar, não interessando a forma".
Apesar de não ter concorrentes dentro do PSOL - o senador Randolfe Rodrigues (AP) desistiu da candidatura -, os nomes mais conhecidos do partido não compareceram à convenção, a exemplo dos deputados Chico Alencar (RJ), Ivan Valente (SP) e Jean Wyllys (RJ). O nome de Luciana Genro foi referendado por 61 integrantes do diretório nacional e 27 representantes de diretórios estaduais do partido, quase todos jovens entre 20 e 30 anos. Luciana é filha do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, do PT.
Aos 42 anos, a candidata do PSOL é hoje presidente da Fundação Lauro Campos, ligada ao partido. Ela foi deputada estadual no Rio Grande do Sul entre 1995 e 2002 pelo PT. Em 2002, foi eleita deputada federal, também pelo PT. Como se posicionou contrária à reforma da previdência proposta pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra a política econômica comandada pelos ex-ministros Antonio Palocci (Fazenda) e Henrique Meirelles (Banco Central), foi expulsa do PT em 2003.