A princípio, todos eles devem coligar-se com Dilma. Mas essa também era a expectativa em relação ao PTB, até a legenda mudar de ideia e decidir apoiar a candidatura de Aécio Neves (MG) ao Planalto, transferindo para o senador mineiro 1min16s diários de propaganda eleitoral. “O PTB fez a mesma coisa que nós fizemos. Reunimos o partido com a presidente Dilma Rousseff e prometemos apoio a ela. E olha que nem servimos comes e bebes no encontro”, ironizou um dos articuladores políticos do PSD.
Durante a convenção nacional do PT que homologou a candidatura de Dilma Rousseff, no sábado, Kassab foi vaiado toda vez que teve seu nome anunciado pelo cerimonial.
SEM VAIAS O PP se reunirá no dia 30, em Brasília, para decidir o que fazer em outubro. O presidente nacional do partido, senador Ciro Nogueira (PI), também foi à festa do PT para ungir Dilma. Saiu-se melhor que Kassab – não foi vaiado. Ele segue empenhado em apoiar formalmente a reeleição da presidente. “Mas vamos liberar nossos candidatos nos estados para apoiar os presidenciáveis que desejarem”, disse Ciro.
Essa liberação está sendo feita em comum acordo com o senador Francisco Dornelles (PP-RJ). Em 2010, o parlamentar era presidente do partido, apoiou a eleição da presidente Dilma, mas não impôs a mesma linha de raciocínio aos estados. A diferença, naquela época, era que a coligação no plano nacional não foi feita de maneira formal – o PT não conseguiu o tempo de televisão dos pepistas. Hoje, Nogueira quer um casamento oficial.
O PR fez a convenção no último sábado, sepultou a candidatura própria do senador Magno Malta (ES), mas deixou para definir a coligação com o PT no dia 30. O presidente nacional do partido, senador Alfredo Nascimento (AM), disse que, se a aliança não for aprovada, entregará todos os cargos. Sem problemas para parte da legenda – que alega não ser o ministro dos Transportes, César Borges, da cota partidária. Tanto que a bancada da Câmara chegou a capitanear o movimento “Volta, Lula”.