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Estado de Minas

Candidatura própria ao governo de Minas atormenta partidários do PSB

Nesta terça-feira, Executiva do PSB se reúne para continuar a discutir entre lançar candidato próprio ou apoiar a candidatura de Pimenta da Veiga


postado em 24/06/2014 10:49 / atualizado em 24/06/2014 11:21

Para Júlio Delgado, PSB tem opções que extrapolam candidatura própria(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Para Júlio Delgado, PSB tem opções que extrapolam candidatura própria (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Depois de uma convenção tumultuada, no último sábado (21), o PSB em Minas continua indefinido sobre a participação do partido na disputa eleitoral deste ano. Na manhã desta terça-feira, o presidente da legenda no Estado, deputado federal Júlio Delgado, confirmou uma reunião da Executiva, na tarde de hoje, para resolver o imbróglio. Porém, ele adiantou que o encontro “não será deliberativo”. Ou seja, conforme Delgado, as lideranças da agremiação devem continuar esticando a corda da indecisão entre a candidatura própria ao governo de Minas ou apoiar o candidato Pimenta da Veiga (PSDB). Além disso, insistiu Delgado, existem outras alternativas para o partido em Minas. Mas ele não quis mencionar nenhuma delas.

Está em jogo nessa definição do PSB ajudar ou não, em Minas, a candidatura do pré-candidato à Presidência da República Eduardo Campos, dando a ele um palanque no Estado. Delgado disse que até o próximo sábado (28) essa questão estará definida. A data bate com o dia marcado para a a convenção nacional do PSB para homologar a candidatura de Campos a presidente e de Marina Silva a vice-presidente.

Racha

O arrastar dos capítulos dessa novela partidária tem a ver com a mistura em Minas entre adeptos da Rede Sustentabilidade – partido que Marina Silva não conseguiu viabilizar na Justiça Eleitoral-, e adeptos do PSB. A legenda tem apoiado o governo dos tucanos em Minas. Marina, por sua vez, não perde a chance de reiterar rejeição a apoiar o PSDB na disputa nos estados. Tese que ela não conseguiu emplacar até aqui. Em Minas, por exemplo, o ambientalista Apolo Heringer, oriundo da Rede, chegou a contar com o apoio explícito de Marina. No entanto, acabou por retirar a candidatura antes de ir à convenção. Ele estava diante do obstáculo da rejeição de lideranças do PSB. Nessa disputa, Eduardo Campos tem dito que a definição dos rumos do partido nos estados cabe às respectivas executivas estaduais.

Apesar de se apresentar como pré-candidato, Júlio Delgado não deixou de comemorar, no dia da convenção estadual, o adiamento do rumo do PSB nas eleições em Minas. “A confirmação da candidatura própria inviabilizaria algumas coligações proporcionais e majoritárias. Temos responsabilidade com o partido nacionalmente”, disse Delgado, no sábado.

“Nada impede que sejamos candidatos numa aliança a senador pelo PSB. Isso garantiria palanque (para Eduardo Campos)? Quem sabe apresentamos o nome do meu pai, Tarcísio Delgado (ex-prefeito de Juiz de Fora)”, completou Delgado, também no sábado.

Aliado

Aliado histórico do senador Aécio Neves, candidato à presidente da República (PSDB), Júlio Delgado também tem reiterado que uma vaga à segunda suplência do Senado junto dos tucanos não interessa aos socialistas. Empenhado em aumentar as bancadas do PSB na Assembleia Legislativa e na Câmara, ele destacou, nesta terça-feira, que uma candidatura própria “lançada de forma irresponsável” pode comprometer as candidaturas proporcionais (deputados estaduais e federais).


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