Ele também respondeu à afirmação de um dos principais colaboradores econômicos de Aécio Neves, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, que em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo citou o aumento real do salário mínimo como um dos fatores de pressão inflacionária. "Tem gente dizendo que é melhor ter desemprego para trazer a inflação para o centro da meta." E voltou a dizer que a inflação voltará ao centro da meta sem comprometer renda e emprego.
Ao falar da gestão petista no País, incluindo a gestão da sucessora e afilhada política Dilma Rousseff, para uma plateia composta de empresários e representantes do sistema financeiro, Lula reclamou da imprensa brasileira, dizendo que nos jornais a impressão é que o "Brasil acabou" e destacou indicadores da economia brasileira, dizendo que poucos países do mundo têm números tão positivos. Para ele, o governo do PT conseguiu imprimir credibilidade e previsibilidade à economia.
Rebateu ainda as críticas ao programa Bolsa Família, negando que o programa criou um bando de vagabundos no País. "Este é um programa adotado pela ONU como o mais importante de transferência de renda do mundo." O ex-presidente afirmou ainda que nunca houve tanto crédito no País quanto na gestão do PT. "Colocamos em doze anos uma Colômbia e um Paraguai no sistema financeiro”, exemplificou. "Hoje temos trilhões para o crédito".
Copa
Lula criticou a imprensa também em relação aos prognósticos negativos para a Copa do Mundo. Dirigindo-se aos empresários estrangeiros, disse que, caso eles "se informassem pela imprensa brasileira, a impressão é que não iria ter Copa do Mundo no Brasil".
De acordo com Lula, "os mesmo jornais nacionais e estrangeiros que diziam que não iria ter Copa agora estão se rendendo".
Com uma gravata listrada nas cores do Brasil, Lula começou a palestra brincando que não era momento de falar de outros temas que não o futebol.
O evento conta com a presença de empresários de vários países europeus e foi aberto por Octavio de Barros, economista-chefe do Bradesco e vice-presidente da Câmara de Comércio França-Brasil. Na abertura, Barros disse que a qualidade de vida dos brasileiros melhorou muito na gestão do ex-presidente petista, o que aumentou o grau das reivindicações sociais no País..