'Bacanal eleitoral'
Outro insatisfeito com alianças recentes, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), pegou carona na expressão usada por Sirkis e, na noite de domingo, 22, chamou de "bacanal eleitoral" a aliança do governador peemedebista Luiz Fernando Pezão com o DEM do ex-prefeito Cesar Maia, lançado candidato ao Senado na coligação. A aliança inclui ainda o PSDB e o PPS e reforça o movimento "Aezão", que prega voto conjunto em Pezão e no candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves. Reeleito no primeiro turno, Paes é um cabo eleitoral de peso na capital e promete empenho da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff. O prefeito ajudou a tentar atrair o DEM para a coligação de Pezão e recebeu em sua casa o deputado Rodrigo Maia, filho de Cesar Maia e presidente do DEM-RJ. Paes, no entanto, foi surpreendido pela escolha de Maia candidato ao Senado, com espaço para pedir voto para Aécio na chapa majoritária do PMDB. O ex-prefeito é vereador e maior opositor de Paes na Câmara Municipal.
O presidente do PMDB-RJ reagiu à crítica de Paes, dizendo que o prefeito tenta se apropriar da parceria do Rio de Janeiro com o governo federal, iniciada no governo do ex-presidente Lula e continuada por Dilma. Por trás da insatisfação de Paes está também sua própria sucessão, em 2016. O prefeito quer que o candidato governista à prefeitura seja o deputado Pedro Paulo, enquanto Picciani, tenta emplacar o deputado Leonardo Picciani, seu filho..