Ele ressaltou, no entanto, que "cargo não se entrega, ele é da presidente da República" e que, portanto, não podia adiantar nada sobre o que aconteceria na audiência com a presidente.
A decisão sobre a convocação de César Borges ao Palácio da Alvorada foi tomada em reunião da presidente Dilma Rousseff com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também no Alvorada, com os integrantes da sua campanha.
Com 31 deputados e quatro senadores, o PR tem um minuto de propaganda eleitoral, tempo considerado precioso em momentos de campanha acirrada. Depois de perder o PTB, Dilma não quer arriscar mais problemas com aliados, agora com o PR. Daí a possibilidade de ceder à pressão da direção do partido, que não quer a permanência de César Borges no cargo. O partido quer substituir o ministro, mas também diz não aceitar a volta do ex-ministro Paulo Sérgio Passos, que já esteve na pasta e é um nome do agrado da presidente Dilma.
Nessa terça-feira, em mais uma rebelião, dirigentes do PR foram, pela manhã, ao Palácio do Planalto, conversar com os ministros da Casa Civil e da Secretaria de Relações Institucionais, Aloizio Mercadante e Ricardo Berzoini, para reiterar que o ministro dos Transportes, César Borges, não representava o partido. Este comunicado já havia sido feito pelo partido em outras ocasiões, mas sempre foram relegadas a segundo plano pelo governo. Depois de Borges, Dilma participa de uma conversa sobre a Copa com internautas, em mais um "Face to face" e, depois, às 11 horas, vai à Convenção Nacional do Partido Social Democrático (PSD), na Câmara dos Deputados..