Brasília - Na reunião com a presidente Dilma Rousseff na manhã desta quarta-feira, no Palácio da Alvorada, Paulo Sérgio Passos acertou a sua volta ao Ministério dos Transportes, segundo fontes. Apesar da resistência de seu partido, PR, em aceitá-lo novamente no comando da pasta, o nome dele agradava a presidente como substituto de César Borges.
O PR reclama que ele não representava os interesses da legenda. A costura de seu retorno começou a ser feita ontem à noite em reunião de Dilma com o ex-presidente Lula e a equipe de campanha eleitoral.
Borges
O ministro dos Transportes, César Borges, do PR, saiu da reunião com a presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada, mas não falou com a imprensa. Pouco antes de entrar para audiência, o ministro havia dito não ter a menor ideia do teor da conversa para a qual foi convocado, mas que "não tem nada com entregar cargo". No entanto, logo depois chegou para audiência com Dilma Paulo Sérgio Passos, que já foi titular da pasta e é um nome do agrado dela para substituir Borges.
Com 31 deputados e quatro senadores, o PR tem um minuto de propaganda eleitoral, tempo considerado precioso em momentos de campanha acirrada. Depois de perder o PTB, Dilma não quer arriscar mais problemas com aliados, agora com o PR. Daí a possibilidade de ceder à pressão da direção do partido, que não quer a permanência de César Borges no cargo. O partido quer substituir o ministro, mas também diz não aceitar a volta do ex-ministro Paulo Sérgio Passos, que agora está à frente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL).
Chegaram também a participar da reunião no Alvorada o ministro de Portos, Antonio Henrique Silveira, que é da cota do PROS e esteve reunido ontem com o vice-presidente da República, Michel Temer, e o ministro de Comunicação Social, Thomas Traumann.
Com Agências Estado.