De acordo com ele, os atrasos se devem tanto ao fato de que o projeto inicial era “ambicioso” demais - incluindo obras de melhorias de infraestrutura para toda a população e não apenas para quem vai prestigiar o evento da Fifa, como também a dificuldades legais e gerenciais.
“Nosso sonho era entregarmos todas essas obras, mas isso não foi possível por muitas razões. Parte delas ligada a licenças ambientais, processos de desapropriação e até mesmo dificuldades gerenciais, seja do governo federal ou dos governos estaduais e municipais”, declarou Carvalho ao participar, esta manhã, do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a área de prestação de serviços da Empresa Brasil de Comunicação, EBC Serviços.
“Fomos ambiciosos e quisemos aproveitar esse ensejo para trazer às cidades benefícios efetivos não tanto para a Copa, mas para mudar a cara dessas localidades. Guardamos a frustração de não termos entregue todas as obras, mas o essencial nós conseguimos entregar. Melhor teria sido entregarmos tudo, mas não houve nenhuma cidade-sede onde a questão da mobilidade não tenha sido bem resolvida”, acrescentou o ministro, garantindo que as obras inacabadas serão concluídas após o término do evento. "Nosso cuidado é não deixarmos inacabada ou paralisada nenhuma das obras já iniciadas”.
O ministro também voltou a rebater as críticas aos gastos públicos com o evento. De acordo com a planilha do governo federal, foram investidos cerca de R$ 25 bilhões nos preparativos do evento, aí incluídas a reforma de estádios e as obras de infraestrutura.
“E quem tomou emprestado esse dinheiro vai ter que devolvê-lo, mesmo que a juros melhores ”, disse Carvalho, garantindo que a decisão de sediar a Copa não desviou dinheiro de outras áreas. De acordo com o ministro, desde 2010, o governo federal destinou R$ 800 bilhões à saúde e à educação. “Estamos tranquilos para afirmar que os recursos destinados à Copa foram bem investidos. Não há nenhuma cidade-sede que não tenha sido beneficiada com a expansão de aeroportos, avenida".
Ainda segundo o ministro, o número de cidades-sede foi proposto como forma de não centralizar o evento apenas nas regiões Sul e Sudeste e, assim, alavancar o desenvolvimento das demais regiões. Além disso, de acordo com o ministro, os estádios foram projetados como espaços multiusos para que, passada a Copa, possam sediar não só jogos de campeonatos estaduais e nacional, mas também eventos culturais como grandes shows.
Carvalho disse que a geração de cerca de 1 milhão de empregos em função da Copa do Mundo, bem como o número de turistas estrangeiros surpreenderam positivamente até mesmo o governo federal. “Sabíamos que a Copa ia alavancar o turismo, mas ninguém imaginava essa invasão chilena, colombiana, argentina, que não para. Mas o que mais está nos surpreendendo é essa confraternização universal que vemos nas ruas. Que vai deixar um legado não mensurável extraordinário, pois o turista bem recebido vai querer voltar e o turismo receberá um incremento fantástico”, concluiu Carvalho..