O Conselho de Ética analisa um processo de cassação contra Vargas, acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava-Jato. Investigações da Polícia Federal sugeriram que o ex-ministro da saúde indicou um executivo para a Labogen, laboratório controlado pelo doleiro Alberto Youssef e que tentou firmar contrato milionário com a Saúde. Gadelha também é citado nas apurações da PF.
As ligações de Vargas - que ao final do processo pode perder o mandato - com o doleiro vieram à público depois que foi revelado que ele pegou carona em um jatinho fretado por Youssef. Pressionado pelo PT a abrir mão do mandato, Vargas renunciou à vice-presidência da Câmara e acabou se desfiliando do partido.
O Conselho de Ética se reuniu hoje para o depoimento de testemunhas arroladas por Delgado no caso, mas ninguém compareceu à sessão - o conselho não tem poder de convocação. O pessebista pediu para ouvir Youssef; o presidente nacional do PT, Rui Falcão; o deputado Cândido Vaccarezza, também citado na Lava-Jato; o líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP); dois sócios do laboratório Labogen (Leonardo Meirelles e Esdra Ferreira); o proprietário da empresa Elite Aviation, Bernardo Tosto; além do próprio Gadelha. Destes, não responderam aos convites Falcão e Vicentinho, que por isso foram dispensados pelo relator. Vaccarezza deverá comparecer na próxima terça-feira, 1º, e os dois sócios do laboratório, na quarta-feira, 2.
Youssef participará na semana que vem de uma videoconferência e Tosto responderá a perguntas por escrito.