Brasília - A pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a reunião que ele teria nesta quinta-feira com um grupo de 12 grandes nomes da Força Sindical foi adiada para a próxima segunda-feira (30). O foco da reunião é a reeleição da presidente Dilma Rousseff e a ideia é organizar uma agenda de encontros entre diversas lideranças sindicais e a presidente, com início logo depois da Copa do Mundo.
O encontro com Lula vai ocorrer uma semana depois de Aécio ter assistido ao jogo da Seleção Brasileira na sede do principal integrante da Força: o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. Aécio esteve ao lado do deputado federal Paulo Pereira da Silva, o "Paulinho da Força", presidente do Solidariedade (SDD) e ex-presidente da Força, e de Miguel Torres, sucessor de Paulinho.
A reunião é liderada por sindicalistas da Força filiados ao Solidariedade, como Sergio Butka, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba. Além dele, estarão com Lula integrantes da direção nacional da Força, como Sergio Luiz Leite (PDT), que preside a Federação dos Trabalhadores na Indústria Química de São Paulo, e Jorge Nazareno (PT), presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco.
"Será uma oportunidade para externar o apoio de lideranças sindicais à presidente Dilma e discutir pontos que queremos melhorar no segundo mandato", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, Jorge Nazareno. Entre os pontos de melhora, Nazareno citou o diálogo do governo com trabalhadores. "Os empresários reclamam da falta de diálogo, mas a presidente recebeu muito mais patrões do que empregados", disse.
As lideranças sindicais esperam um aceno da presidente da República. Um dos objetivos do encontro de hoje é a construção de uma agenda para o segundo semestre que inclua a visita de Dilma a sindicatos em São Paulo e também um encontro entre ela e lideranças das centrais no Palácio do Planalto. "Apesar de todas as dificuldades que vivemos nos últimos três anos e meio, é indiscutível que Dilma representa a melhor candidata para os trabalhadores brasileiros", disse Nazareno.