São Paulo - A Polícia Federal abriu pelo menos 23 novos inquéritos no âmbito da Operação Lava Jato - investigação sobre esquema de lavagem de dinheiro que pode ter alcançado R$ 10 bilhões.Os novos inquéritos miram empresas que teriam pago propinas para o engenheiro Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras.
Ele é apontado como mentor de organização criminosa da qual, segundo a Polícia Federal, faz parte o doleiro Alberto Youssef, que também está preso. A PF suspeita que Costa recebeu propinas durante sua gestão na Petrobras. Ele montou a empresa de consultoria Costa Global depois que saiu da estatal supostamente para abrir as portas para “clientes” em contratos milionários da Petrobrás.
São 23 empresas relacionadas nessa nova etapa da Lava Jato. Os nomes de algumas companhias constam da denúncia criminal do Ministério Público Federal que imputa a Costa corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Outras empresas constam de uma planilha apreendida em poder do próprio Paulo Roberto Costa. O Ministério Público Federal requisitou um inquérito para cada empresa que teria repassado valores para o engenheiro. A investigação vai identificar a origem das ligações de Costa com as empresas pagadoras e eventuais contratos por elas firmados com a Petrobras e com outros órgãos públicos. A defesa de Paulo Roberto Costa nega os crimes a ele atribuídos pela Procuradoria da República.