Carvalho reconheceu que o movimento "Aezão", que prega o voto conjunto em Pezão e Aécio Neves e é liderado pelo presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, "causa preocupação". No início da semana, o PSDB e o DEM entraram formalmente na aliança de Pezão, com o ex-prefeito Cesar Maia (DEM) candidato ao Senado. "Nossa relação com Pezão é histórica, de sintonia e respeito ao trabalho dele e profunda admiração por parte do presidente Lula e da presidente Dilma. Há uma confiança de que ele vai honrar compromissos históricos e que a candidatura preferencial dele é a da Dilma. Isso a gente nunca pôs em dúvida", afirmou o ministro, que atribuiu as realizações da gestão do ex-governador Sérgio Cabral e de Pezão, em grande parte, às parcerias com o governo federal.
O ministro disse que o candidato do PRB ao governo, senador Marcelo Crivella, tem "todo respeito" de Lula e Dilma e evitou comentar as ações do Planalto para viabilizar a aliança do PROS com PR do ex-governador Anthony Garotinho, que também disputa o Palácio Guanabara. A ação do governo federal irritou os dirigentes do PRB e o próprio Crivella, que garante não abrir mão da candidatura, apesar da insistência de petistas para que fosse candidato a vice de Lindbergh. "Não é novidade um presidente ter mais de um palanque, a gente tem que fazer isso na política muitas vezes. Crivella é outra pessoa pela qual temos respeito e, mais que isso, uma caminhada conjunta. Nada nos separa nem do Pezão nem do Crivella. São duas figuras que, para além de qualquer escolha tática, estrategicamente estão com nosso projeto, são fiéis à presidente Dilma e ao presidente Lula. Agora, tenho certeza de que o Lindbergh vai ganhar no Rio", disse Carvalho. "Não vejo problema em Dilma dividir o palanque. Lindbergh sabe disso, Pezão sabe disso. Olhando o lado do PT, nos interessa a eleição do Lindbergh", completou.
Carvalho disse que precisa ter cuidado ao comentar estratégias eleitorais, porque "a tendência é não deixar o governo" para assumir uma função na campanha da reeleição de Dilma. Ele evitou comentar a entrada do DEM e do PSDB na coligação de Pezão.