Rio de Janeiro - O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, chegou na manhã desta sexta-feira ao Rio, onde está formada uma das mais fortes dissidências do PMDB em favor do candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Aécio Neves. Ele disse que o apoio do governador peemedebista Luiz Fernando Pezão à reeleição da presidente Dilma Rousseff é uma questão de fidelidade e de "honrar compromissos". Carvalho afirmou que a presidente estará no palanque de mais de um aliado no Rio, mas apostou na vitória do candidato do PT ao governo do Estado, Lindbergh Farias. O ministro esteve no Rio para reunião do Conselho Fiscal do Sesc (Serviço Social do Comércio).
O ministro disse que o candidato do PRB ao governo, senador Marcelo Crivella, tem "todo respeito" de Lula e Dilma e evitou comentar as ações do Planalto para viabilizar a aliança do PROS com PR do ex-governador Anthony Garotinho, que também disputa o Palácio Guanabara. A ação do governo federal irritou os dirigentes do PRB e o próprio Crivella, que garante não abrir mão da candidatura, apesar da insistência de petistas para que fosse candidato a vice de Lindbergh. "Não é novidade um presidente ter mais de um palanque, a gente tem que fazer isso na política muitas vezes. Crivella é outra pessoa pela qual temos respeito e, mais que isso, uma caminhada conjunta. Nada nos separa nem do Pezão nem do Crivella. São duas figuras que, para além de qualquer escolha tática, estrategicamente estão com nosso projeto, são fiéis à presidente Dilma e ao presidente Lula. Agora, tenho certeza de que o Lindbergh vai ganhar no Rio", disse Carvalho. "Não vejo problema em Dilma dividir o palanque. Lindbergh sabe disso, Pezão sabe disso. Olhando o lado do PT, nos interessa a eleição do Lindbergh", completou.
Carvalho disse que precisa ter cuidado ao comentar estratégias eleitorais, porque "a tendência é não deixar o governo" para assumir uma função na campanha da reeleição de Dilma. Ele evitou comentar a entrada do DEM e do PSDB na coligação de Pezão. Ao mesmo tempo, considerou "boa" a aliança firmada por Lindbergh com o PSB do candidato a presidente Eduardo Campos. A chapa de Lindbergh terá o ex-jogador e deputado Romário (PSB) candidato ao Senado. "É bom porque dá força grande à campanha do Lindbergh, que vai fazer campanha grande para a presidente Dilma", afirmou.