No campo econômico, entre as medidas propostas pelo PcdoB está a divisão em duas submetas explícitas do superávit primário, ampliação para 36 meses do prazo para cumprimento da meta da inflação, a desindexação geral da economia de forma gradual e a valorização permanente do salário mínimo, além de redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem diminuição de salário. "Deve persistir na correta concepção de associar crescimento econômico com distribuição de renda e riqueza, buscando a contínua redução da pobreza e a completa erradicação da pobreza extrema e mantendo a valorização do trabalho", diz trecho da cartilha.
O documento também defende a consolidação do atual marco regulatório do petróleo. "Este marco deve ser consolidado e expandido, no que couber, para a exploração mineral - como propõe o governo Dilma em projeto do novo Código de Mineração em exame no Congresso Nacional. A Petrobras é, no momento, a única empresa brasileira em condições de liderar a exploração do pré-sal. Portanto, deve ser defendida como operadora única do pré-sal, como foi definido pelo Congresso Nacional".
Seguindo a linha de polarização adotada pelo PT, o PcdoB logo na primeira página do livreto profere ataques à campanha presidencial de Aécio Neves (PSDB).
A legenda também destina trecho do documento para fazer críticas a setores da imprensa e propor a regulamentação da mídia. "O País precisa debater e formar uma maioria social e política que promova com urgência a regulação democrática dos meios de comunicação. No mundo inteiro, há iniciativas legislativas para conter o poder dos impérios midiáticos, que no Brasil de hoje sufoca e restringe a liberdade de expressão".
Em outro momento, o PcdoB também declara apoio ao polêmico decreto criado pela presidente Dilma que cria a Política Nacional de Participação Social. "O governo Dilma, diferentemente do comportamento autoritário da direita, abriu-se para o diálogo com os movimentos sociais e tem se esforçado para atender às demandas populares por mais participação, serviços públicos de qualidade e melhores condições de vida nas cidades. Recentemente, a presidenta normatizou a Política Nacional de Participação Social, medida avançada contra a qual o conservadorismo lançou uma verdadeira cruzada". Há também sugestões de reforma política e do Judiciário. No primeiro caso, defende-se o financiamento público das campanhas. No caso do Judiciário, o partido pede a implantação de ouvidorias para criar canais de participação popular, além de fixação do mandato para os ministros do STF, acabando com a vitaliciedade e possibilitando a alternância..