A decisão da direção nacional do PP de apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff segue causando polêmica. Nesta sexta-feira, o governador de Minas e presidente estadual do PP, Alberto Pinto Coelho, afirmou que os integrantes do partido estão estudando tomar outra medida judicial contra a convenção, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negar liminar que pedia a suspensão da decisão tomada pela executiva pepista. “Estamos avaliando se cabe outra iniciativa judicial. Agora, do ponto de vista político, a atitude do presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, em não ouvir os convencionais, não permitir votação e tomar decisões a portas fechadas, evidencia que a presidente Dilma não tem o apoio real do PP”, afirnou.
Ainda segundo Pinto Coelho, o melhor para a legenda seria a neutralidade, já que em vários estados como Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Goiás e Santa Catarina e Minas Gerais já existe o fechamento do apoio a candidatura de Aécio Neves (PSDB). “Nós marcamos nossa posição e saímos fortalecidos, diante da atitude arbitrária do presidente Ciro Nogueira”, destacou. O governador de Minas ainda atacou duramente o ato da direção nacional do partido e afirmou que alianças feitas sem consenso não costumam vingar. “É sempre bom lembrar, ainda, que casamento na delegacia não costuma dar certo”, alfinetou e completou: “Reafirmo que não houve convenção, mas tão simplesmente um arremedo de convenção. O que é lamentável e não se coaduna com a história do Partido Progressista.”
Mais cedo a senadora Ana Amélia Lemos, pré-candidata do PP ao governo gaúcho, afirmou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o pedido de liminar protocolado por representantes do diretório estadual do PP para suspender os efeitos da convenção nacional do partido, realizada na última quarta-feira.