No dia seguinte à oficialização do ex-prefeito de Juiz de Fora, Tarcísio Delgado, como candidato do PSB ao governo de Minas, dissidentes se manifestaram contra o rompimento com o PSDB no estado.
Os deputados defendem que o afastamento do partido do PSDB seria interpretado pelos eleitores como “incoerência”. “Um rompimento dessa aliança que, com coerência, existe há 11 anos no estado, às vésperas das eleições, sem nenhuma razão que o justifique, será interpretado pela população do nosso estado como gesto de incoerência, característica que não guarda nenhuma relação com os princípios que marcam a história do nosso partido e não combinam com a "nova politica" defendida pelo presidente nacional da nossa legenda”, afirmam no documento Borges e Lerin, que são pré-candidatos a deputado estadual. Já Tenente Lúcio pretende disputar uma vaga na Câmara dos Deputados.
No documento, os socialistas relembraram as eleições de 2012 quando, segundo eles, o presidente nacional da legenda, Eduardo Campos, não teria participado da campanha à reeleição do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda. “Manifestamos o nosso respeito pela direção da nossa legenda, sobretudo com a nossa candidatura à presidência, mas confiamos que a sensibilidade dos nossos dirigentes partidários não permitirá que o PSB de Minas assuma posturas que contradizem nossa historia e trajetória”, defenderam.
Nessa quinta-feira, o presidente estadual do PSB em Minas, Júlio Delgado, afirmou que dissidências dentro do partido são normais. Segundo ele, insatisfeitos de outros partidos, como o PMDB, também podem se agregar à candidatura socialista. Júlio Delgado não cogitou punição caso Lacerda faça campanha para Pimenta. “A gente pode chegar a um entendimento lá na frente de que talvez essa alternativa possa até colaborar para a unificação de nossos projetos em um eventual segundo turno em Minas e no Brasil”, afirmou.
Com informações de Juliana Cipriani.