Salvador – Durante a convenção estadual do PT na Bahia e ao lado do ex-presidente Lula, a presidente Dilma Rousseff afirmou aos militantes do partido que “haverá momentos difíceis na campanha”, porque os adversários vão mentir. Segundo ela, seus rivais na disputa pelo Palácio do Planalto “apelam para o ódio”, para o “xingamento” e para a “política desqualificada”. “Quem não tem argumento apela. Usa todos os artifícios, inclusive a mentira”, afirmou a presidente, que pediu aos militantes que se orgulhem do governo do PT.
Ela voltou a contrapor “dois modelos” de administração, o do PT e do PSDB. “O primeiro prega a volta ao passado, a volta do arrocho salarial, a volta do desemprego, da concentração de renda e da inflação. O segundo modelo é o nosso, que é o modelo da inclusão social”, declarou Dilma.
Já o ex-presidente acusou o governo do seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, de abafar os escândalos de corrupção que teriam ocorrido durante os oito anos da administração tucana. No discurso, Lula usou uma “cola” para citar 456 inquéritos que, segundo ele, teriam sido instaurados durante o período no qual o PSDB estava na Presidência. A convenção, com cerca 10 mil pessoas, homologou a candidatura de Rui Costa ao governo do estado.
Historicamente ligado ao PT, o PCdoB realizou ontem a sua convenção nacional e ratificou o apoio à candidatura Dilma Rousseff à reeleição.
Liminar negada O ministro Henrique Neves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), indeferiu ontem a liminar pleiteada pela senadora Ana Amélia de Lemos (PP-RS) e outros, que pedia a suspensão dos efeitos da convenção partidária, realizada na quarta-feira. Na ação, os progressistas alegavam que não tiveram direito a voto na reunião que formalizou o apoio à reeleição da presidente Dilma. Uma ala do partido defendia que o PP ficasse neutro na disputa. Em sua decisão, o ministro considerou que "a concessão da medida liminar (…) acarretaria a impossibilidade de ser requerido o registro de candidatos próprios ou a formalização de coligação para as eleições presidenciais"..