O senador Aécio Neves (PSDB) anuncia amanhã quem o acompanhará, como vice, na disputa pela Presidência da República. Durante passagem por Pernambuco, o tucano disse que a escolha poderá trazer surpresa e que pode até mesmo optar por uma mulher, mas não quis antecipar o nome. Ontem, Aécio participou da convenção do PSDB de Goiás que oficializou a candidatura à reeleição do governador Marconi Perillo e afirmou estar confiante no desejo de mudança dos brasileiros.
Segundo Aécio, as alternativas para vice estão dentro e fora do partido. Entre os nomes cotados estão os tucanos Tasso Jereissati, ex-governador do Ceará, a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie e o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). Em Caruaru (PE), onde Aécio participou até a madrugada de ontem da festa de São- João, Aécio disse que é difícil ter um vice que decida a eleição. Afirmou ainda que o problema do PSDB é ter muitas opções.
De acordo com o senador mineiro, a jurista Ellen Gracie agrega vários setores do partido e tem grande conhecimento nas questões de segurança pública. Tasso Jereissati agrega a origem nordestina, onde o partido tem a pior votação. Já Aloysio Nunes representa a ala paulista do PSDB. “Na segunda-feira, vamos identificar e anunciar nosso ou nossa vice. Pode ser um homem ou uma mulher”, afirmou.
Quase sem voz, Aécio fez um discurso breve ontem na convenção em Goiás que homologou a candidatura de Perillo. O tucano garantiu que, se há 60 anos coube ao mineiro Juscelino Kubitschek desenvolver as potencialidades da região de Goiás, agora caberá a ele ajudar o colega de partido a fazer o maior governo da história daquele estado. “Agora, com o apoio do governo federal que vem faltando a Goiás em todos esses últimos anos, tenho certeza de que Marconi vai fazer o estado avançar ainda mais”, afirmou.
Aécio disse que os goianos querem o mesmo que os brasileiros, uma administração que apresente resultados, enfrentando os problemas da saúde, mobilidade, segurança e educação. “É tudo o que o governo federal não vem fazendo. Tenho absoluta confiança de que esse sentimento crescente de mudança que nós percebemos por todo o país irá convergir também para a nossa candidatura, que é a mudança segura, a mudança verdadeira que o Brasil precisa”, disse.
O senador defendeu a continuidade de administrações que dão certo, como, segundo ele, é o caso do correligionário Marconi Perillo. “O que vem dando certo tem que continuar, Marconi vai continuar a governar Goiás. E o que vem dando errado tem que mudar. Por isso vamos restabelecer no Brasil a decência e a eficiência na vida pública”, disse.
Na torcida
Os três principais candidatos a presidente fizeram questão de registrar nas redes sociais sua torcida pelo Brasil na vitória nos pênaltis contra o Chile. Logo depois do jogo, a presidente Dilma Rousseff (PT) usou seu Twitter para agradecer os jogadores e dizer que acredita na torcida do povo brasileiro. “Foi difícil. Foi com raça, garra, lágrimas e defesas de Júlio Cesar. Vencemos”, disse. O senador Aécio Neves (PSDB) enfrentou dificuldade para assistir à partida. Por problemas de tráfego aéreo, o tucano ficou sobrevoando o Rio de Janeiro por cerca de uma hora quando voltava de Goiás. Na descida, conseguiu ver os gols do primeiro tempo no saguão do Aeroporto Santos Dumont e seguiu para casa para ver o resto do jogo com a mulher, Letícia. O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), que acabava de ter o nome confirmado em convenção, assistiu junto com sua vice, a ex-senadora Marina Silva, além da mulher e do filho.