O ex-secretário-geral da Presidência da Republica e ex-ministro da Justiça, durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995/2202), o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB/SP) será o candidato a vice-presidente da República na chapa de Aécio Neves, conforme adiantou na quinta-feira (26) a coluna 'Em Dia com a Política', do Jornal Estado de Minas. Depois de meses de especulação, o senador Aécio Neves confirmou o nome de seu colega tucano, após o término de uma reunião com a Executiva do partido, em Brasília, na manhã desta segunda-feira.
O anúncio acontece no último dia do prazo determinado pela Justiça Eleitoral para definição das chapas que vão disputar as eleições deste ano. Além de Nunes Ferreira - depois de vários nomes que passaram pela bolsa de apostas, desde a convenção do PSDB em São Paulo, no último dia 21, eram cotados também a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie ou do ex-senador Tasso Jereissati.
A favor de Nunes Ferreira, pesou o fato de ele ser da ala paulista do PSDB ligado ao ex-ministro José Serra, com quem Aécio sempre buscou apoio para unir o PSDB. Além disso, o senador obteve, em 2010, a votação mais expressiva para o Senado, com mais de 11 milhões de votos. A indicação passou pelo crivos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Perfil do vice
Além da votação expressiva para o Senado em 2010, Aloysio Nunes carrega em seu currículo atuação como deputado estadual pelo PMDB em duas ocasiões: de 1983 a 1987, quando foi líder do governador Franco Montoro na Assembleia Legislativa e; de 1987 a 1991. Também foi eleito deputado federal pelo PMDB de 1995 a 1999. Já pelo PSDB, teve mandatos de 1999 a 2003 e de 2003 a 2007.
No Executivo, o tucano ocupou entre 1991 a 1994 o cargo de vice-governador de São Paulo, no período em que o Estado foi governado por Luiz Antônio Fleury (PMDB).
Na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Aloysio Nunes atuou como ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República de 1999 a 2001 e ministro da Justiça, em 2001 e 2002. Três anos depois voltou para São Paulo, onde foi secretário de governo da prefeitura em 2005 e 2006.
Considerado como uma pessoa próxima a José Serra, em 2010, o senador também ocupou o cargo de secretário-chefe da Casa Civil do governo do Estado de São Paulo.
Com Agência Estado.