Primeiro a registrar a candidatura a presidente, o metalúrgico José Maria de Almeida (PSTU), o Zé Maria, propôs no seu programa de governo o aumento geral dos salários e o congelamento de preços. Para o presidenciável - que já disputou o cargo em 1998, 2002 e 2010 -, as medidas têm por objetivo defender os trabalhadores da corrosão do poder de compra com a inflação e os mais pobres do aumento dos preços, sobretudo dos alimentos.
Além do aumento salarial e do congelamento de preços, o candidato do PSTU apresenta uma plataforma com outras 15 propostas. Entre elas, o calote no pagamento da dívida pública, a estatização do sistema financeiro, a anulação do leilão do pré-sal e a redução da jornada de trabalho das atuais 44 horas para 36 horas semanais sem redução nos salários.
No documento, o presidenciável critica o financiamento privado das campanhas, tido como ele um "jogo de cartas marcadas, no qual ganha quem leva os milhões destas grandes empresas, bancos e empreiteiras". "Uma vez eleitos, governam para aqueles que os financiaram. O PSTU, ao contrário, não joga qualquer ilusão nesse processo. Nossas candidaturas estarão a serviço das lutas, assim como do fortalecimento de uma alternativa socialista, não só eleitoral, mas principalmente para a ação direta da classe, como as greves e mobilizações", diz Zé Maria, na introdução do plano de governo.
O presidenciável aproveita o documento para elogiar a ação dos parlamentares do seu partido, citando o fato de que dois vereadores da legenda vivem com os mesmos salários de antes de serem eleitos. Ele defende que todos os parlamentares recebam salário equivalente ao de um operário qualificado e se diz a favor de revogar os mandatos a qualquer momento. "Ou seja, se algum político prometeu algo e, uma vez eleito, fez outra coisa, a população deve ter o direito de tirar o seu mandato", sustenta.
Como bens pessoais, Zé Maria diz ao TSE que tem um saldo de R$ 20 mil, sem especificar se o valor está em espécie ou depositado numa conta bancária. Ele terá como colega de chapa a professora e assistente social Cláudia Durans, também filiada ao PSTU. A chapa diz que o limite de gastos da campanha será de R$ 400 mil. O pedido de registro da candidatura foi feita no dia 20 de junho e ainda precisa ser aprovado pela Justiça Eleitoral.