Segundo Feldman, tanto a Rede, abrigada no PSB - que terá o vice Márcio França na chapa do governador Geraldo Alckmin - como outros partidos coligados ao PSDB em São Paulo foram pegos de surpresa pela decisão. "Não se imaginava (que Serra poderia sair ao Senado), foi uma coisa estranha, na linha do vale tudo."
No início da madrugada, o PSDB de São Paulo decidiu que o ex-governador José Serra seria o candidato da coligação ao Senado, com o deputado José Aníbal, que também postulava a vaga, como primeiro suplente. Nos últimos anos, Serra e Aníbal viveram divergências internas no PSDB e chegaram a trocar farpas quando Serra foi o indicado do partido para disputar a Prefeitura de São Paulo em 2012.
Ainda de acordo com Feldman, os partidos coligados esperavam que a reunião do diretório paulista do PSDB na noite desta segunda-feira, 30, fosse para anunciar a liberação de candidaturas independentes ao Senado. Apoiados em uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 2010, que ainda precisaria ser revalidada caso a caso no pleito deste ano, partidos coligados para as disputas estaduais majoritárias poderiam lançar independentemente, cada um, seus nomes para disputar a vaga de senador.
Feldman disse ter conversado com França na manhã desta terça-feira, 1º, que também demonstrou surpresa com a decisão do PSDB. Ele avalia, contudo, que a articulação dentro da chapa de Alckmin já estava sendo organizada há algum tempo. "Seguramente o governador estava articulando", disse Feldman.
Com relação a um possível prejuízo à estratégia da Rede em São Paulo para a campanha estadual e nacional, Feldman minimizou.
Vice na chapa de Eduardo Campos (PSB) à Presidência, Marina Silva desaprova a aliança do PSB-SP com Alckmin. Em diversas ocasiões, ela repetiu a independência dela e da Rede de se posicionarem de forma diferente do PSB nos Estados e que não fará campanha ao lado dos tucanos..