Na agenda do tucano está previsto um encontro na próxima segunda-feira, 14, com os coordenadores de campanha para definirem uma comunicação específica e a logística que deverá ser implementada exclusivamente em São Paulo, maior colégio eleitoral do país.
Uma das ideias estudadas é fazer um "casamento" entre a campanha presidencial e a do governador Geraldo Alckmin (PSDB) que disputará a reeleição tendo na chapa o ex-governador José Serra (PSDB), candidato a uma vaga para o Senado.
Outra linha de atuação no Estado é investir na mobilização dos prefeitos que hoje estão aliados ao PSDB. Nas contas dos coordenadores de campanha de Aécio há pelo menos 400 municípios em que ele poderia contar como puxadores de votos. Mesmo antes de iniciar os próximos passos da campanha, entre os aliados de Aécio há o sentimento de que saíram na frente em São Paulo, considerado como um Estado estratégico para qualquer eleição presidencial.
Essa avaliação se deve em parte com o fato de o senador ter conseguido trazer para a chapa o colega de partido Aloysio Nunes (SP) e ao atual desempenho de Alckmin nas últimas pesquisas de intenção de votos. Em relação aos adversários do governador de São Paulo há também um entendimento que dificilmente o candidato do PT, Alexandre Padilha, decolará na disputa e que na reta final da campanha Paulo Skaf (PMDB) se torne o candidato da presidente Dilma Rousseff.
Nordeste
Embora pretenda ter uma campanha exclusiva em São Paulo, Aécio Neves iniciará a disputa eleitoral percorrendo todos os Estados do Nordeste, região onde nas últimas eleições o PT tem conquistado grandes vitórias sobre a legenda. Logo no início de agosto, o tucano pretende se licenciar do mandato de senador e percorrer três Estados por dia para propor um "choque de gestão" para a região.
Antes de deixar o mandato, o senador deve ir à tribuna para apresentar uma análise da conjuntura econômica atual em que destacará que a "leniência" do atual governo deverá deixar um legado de dificuldades para o próximo presidente..