A campanha mais cara será a dos tucanos. Pelo registro apresentado ao TRE-MG, a campanha de Pimenta da Veiga, que terá o deputado estadual Dinis Pinheiro (PP) como candidato a vice-governador, tem teto de gastos de R$ 60 milhões, enquanto a do ex-governador Antonio Anastasia (PSDB), que disputará vaga no Senado, está orçada em até R$ 20 milhões. A coligação em torno do ex-ministro reúne 15 partidos (PSDB, PP, DEM, PSD, PTB, PPS, PV, PDT, PR, PMN, PSC, PSL, PTC, PTM E SDD). Pimenta é também o candidato mais rico na disputa pelo governo de Minas. Pela declaração de bens apresentada neste sábado, o ex-ministro tem patrimônio de R$ 10,5 milhões.
"Vamos fazer todo o esforço para que a campanha seja a mais econômica possível. Mas hoje a lei é curiosa.
Entre as candidaturas registradas neste sábado, a que prevê a segunda mais cara é a do PSB, em aliança com PRTB e PPL. A campanha de Tarcísio Delgado, que terá Sílvia Reis (PRTB) como candidata a vice-governadora, está orçada em até R$ 38 milhões, além da previsão de gasto de R$ 10 milhões com a candidatura da socialista Margarida Vieira ao Senado. O PSB ainda prevê gastar R$ 5,5 milhões com as campanhas dos candidatos à Câmara dos Deputados e R$ 3,5 milhões com os candidatos a deputados estaduais. "O que nos estimula bastante é que os candidatos polarizados (Pimentel e Pimenta) não somam ainda 45% dos eleitores", afirmou Delgado, que não apresentou declaração de bens, mas disse ter patrimônio de "seiscentos e poucos mil reais" e adiantou que só iniciará a campanha após a Copa do Mundo.
Herança política
O PT estima gasto de R$ 40 milhões com a campanha ao governo e o candidato ao Senado, Josué Gomes (PMDB), prevê gastar até R$ 6,2 milhões com sua campanha - ao contrário dos R$ 12 milhões que havia sido informado pela direção petista. "Eu negociei tudo pessoalmente", declarou o empresário, filho do ex-vice-presidente José Alencar, que afirmou aceitar doações apenas de pessoas físicas para sua campanha.
A campanha mais modesta entre as registradas até o fim da tarde é a do PSOL, que declarou gasto máximo de R$ 250 mil. "Na verdade, a gente sabe que não vai chegar nesse valor. É uma campanha solidária, com a participação das pessoas, muita criatividade e ajuda espontânea das pessoas. A gente conta com a ajuda dos simpatizantes", salientou Fidélis Alcântara, que terá a professora Victória Melo como candidata a vice e Geraldo Araújo (ambos do PSTU) na disputa pela vaga no Senado. Segundo Fidélis, após viagens por algumas regiões de Minas nas próximas semanas, a campanha deve ser concentrada em cidades localizadas a até 200 quilômetros da capital.
No fim da tarde, também fizeram registros de chapas o PCO, com Cleide Donária na cabeça de chapa, Dilson Rosa como vice e Maria das Graças Vieira como candidata a senadora; e o PSDC, que lançou a candidatura de Eduardo Ferreira para o governo, com Raimundo Nonato como vice e José Tarcísio para o Senado. Até o início da noite, o TRE-MG ainda aguardava os registros das candidaturas do PCB e do PHS. A documentação para o registro de Josué Alencar também não havia chegado à Justiça Eleitoral até início da noite..