Paulo de Tarso Lyra e Naira Trindade
Brasília – No primeiro dia oficial de campanha eleitoral, os candidatos de oposição ao Palácio do Planalto – Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB) – fazem campanha, respectivamente, no Distrito Federal e em São Paulo. A escolha dos locais é cirúrgica. Eduardo está de olho no eleitorado que votou em Marina em 2010, dando à então candidata do PV à Presidência a vitória na capital federal naquele ano. Já Aécio inicia a caminhada em São Paulo, estado que vem elegendo sucessivamente o PSDB há 20 anos, e onde os tucanos têm derrotado os petistas também nas recentes disputas presidenciais.
Hoje, é a vez de Aécio Neves visitar a exposição dos japoneses. O tucano também dá a largada em um estado que considera pacificado internamente. Tendo como vice em sua chapa o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), que recebeu mais de 11 milhões de votos em 2010, Aécio ainda costurou para que José Serra fosse escolhido como candidato ao Senado na chapa do governador Geraldo Alckmin, que tenta a reeleição ao Palácio dos Bandeirantes. Aécio passou todo o dia de ontem reunido com seu staff de campanha, enquanto seus advogados entregavam o registro da candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Já a presidente Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição, não teve nem terá compromissos oficiais nem de campanha ao longo do fim de semana. Ontem, ela mandou uma carta prestando solidariedade ao jogador Neymar.
Oficialmente inscritos na corrida eleitoral, os 11 candidatos a disputar a Presidência da República em outubro somam um patrimônio de R$ 23,4 milhões, de acordo com a declaração de bens entregue ao Tribunal Superior Eleitoral. A maioria dos presidenciáveis registrou elevação dos bens na comparação com 2010. O patrimônio de Dilma teve 64% de aumento, enquanto o de Aécio Neves registrou variação de 303% e o de Eduardo Campos, de 5%. Dono do maior patrimônio declarado, o advogado José Maria Eymael (PSDC) informou possuir R$ 17 milhões. Já o jornalista Rui Costa Pimenta (PCO) alega não ter nenhum bem.
Registros
Rui Costa, Dilma Rousseff e Aécio Neves foram os últimos a registrar a candidatura ontem no TSE. Com o lema Com a Força do Povo, o PT estipulou que o limite de gastos da campanha será de R$ 298 milhões. Já a coligação da chapa tucana, com Aécio Neves e Aloysio Nunes Ferreira, vai ser chamada de Muda Brasil. A legenda estipulou um teto de R$ 290 milhões para os gastos com a campanha eleitoral.