Candidato do PSDB à Presidência, o senador Aécio Neves (MG) tem dois importantes
Dentro da campanha, Fraga é visto como um importante avalista.
SINDICALISTAS Na área sindical, Aécio escolheu o presidente do Solidariedade e ex-presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. O deputado federal tentou emplacar Miguel Torres, atual presidente da Força, como vice de Aécio, mas o mineiro optou pelo colega de Senado Aloysio Nunes Ferreira. Há duas semanas, o presidenciável tucano anunciou que Júnior, da ONG Afrorregae, faria a ponte com os movimentos sociais. Integrantes da campanha afirmam que outros nomes serão agregados ao longo do processo, principalmente nessa área. “Da mesma forma que precisamos intensificar as pontes com a área social, os petistas buscam aliados no setor econômico”, constatou um estrategista de Aécio.
O PT, aos poucos, vai montando seu estafe.. Mas o estilo Dilma Rousseff de governar fez com que a presidente se afastasse do setor produtivo, que a considera centralizadora. Presidente da Câmara de Gestão e Competitividade, o empresário Jorge Gerdau chegou a participar de encontros com a presença de Aécio Neves e de outros empresários. Mas os tucanos não acreditam que ele fará campanha para o PSDB. “A relação dele com Lula e Dilma é forte. Uma vitória do Aécio não seria lamentada por ele.
Para tentar reaproximar Dilma dos empresários, os encontros promovidos por Lula em seu Instituto, em São Paulo, têm sido essenciais. Nas campanhas anteriores do PT, Antonio Palocci e Henrique Meirelles exerciam com desenvoltura esse papel. Mas, hoje, Palocci está mais preocupado com as consultorias privadas do que em envolver-se diretamente na política. E Meirelles está afastado da presidente. Além de Lula, outros representantes do setor produtivo que estão buscando essa ponte entre Dilma e os empresários são Abílio Diniz e Josué Gomes – curiosamente, ambos recusaram o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
ANSIEDADE O comando de campanha do PT anunciou ontem como um dos coordenadores o secretário nacional da CUT, Jacy Afonso. Ele será o responsável pela ligação com o movimento sindical, área que os petistas dominam há muito tempo, embora tenham visto a defecção da Força Sindical para o PSDB e de outras centrais, como a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) para o PSB. Na área social, além da facilidade de ter pastas ministeriais com esse canal de diálogo, a campanha de Dilma poderá contar com Gilberto Carvalho, que ainda não se licenciou, mas é aguardado com ansiedade por estrategistas dilmistas.
Gilberto, inclusive, foi o responsável pela inflexão no discurso em relação às vaias e xingamentos direcionados a Dilma na abertura da Copa. Discurso endossado pelo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini.
O PSB anunciará, ainda este mês, um Conselho de Política e Cidadania incluindo nomes da sociedade civil e políticos de peso, como Pedro Simon (PMDB-RS) e Jarbas Vasconcelos. Os grandes responsáveis pela ponte com os movimentos sociais são Milton Coelho e Pedro Ivo. Na área sindical, o nome é Jailson Cardoso, secretário-geral da CTB. “Com os empresários, o principal interlocutor é o próprio Eduardo Campos. Ele transita com desenvoltura no setor produtivo brasileiro”, elogiou o secretário nacional do PSB, Carlos Siqueira. “Os parceiros nessa tarefa são escolhidos diretamente por ele”, completou o socialista. (Colaboraram André Shalders e Grasielle Castro)
Notas de frustração
Menos de 30 minutos depois de encerrada a partida que marcou a maior derrota da Seleção Brasileira em Copas do Mundo, a presidente Dilma Rousseff, lamentou o resultado em sua conta no Twitter. “Assim como todos os brasileiros, estou muito, muito triste com a derrota. Sinto imensamente por todos nós, torcedores, e pelos nossos jogadores”. A presidente voltou a ser xingada durante a partida com gritos de “Ei, Dilma, vai tomar no c…”. O candidato do PSDB, Aécio Neves, disse, em nota, compartilhar “como torcedor e como brasileiro” a frustração pela derrota histórica. “Desta vez não deu, mas vamos em frente. Outras vitórias virão”, afirmou o tucano, que assistiu ao jogo no camarote do governador Alberto Pinto Coelho (PP), no Mineirão. Pelo Facebook, Eduardo Campos (PSB), elogiou a festa dos brasileiros durante a Copa e disse que o “sonho do hexa foi, por hora, adiado”. “Voltaremos mais fortes em 2018”, escreveu.
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