Professor da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), Túlio Lopes (PCB), de 32 anos, é um dos integrantes do grupo. O partido chegou a articular com outras legendas de esquerda a criação de uma frente de siglas para a disputa pelo Palácio da Liberdade. A coligação foi construída, mas com a participação apenas do Psol e do PSTU.
Ao menos em sua página na rede social Facebook, Lopes deixou claro não ser muito fã das coligações que vêm sendo fechadas no país. Uma charge mostrada pelo candidato apresenta saindo de um cartório eleitoral um anjo abraçado com o diabo e um gremista com um colorado, entre outras duplas pouco prováveis.
E se a união com outros partidos alinhados não deu certo, no plano mais pessoal, Túlio Lopes prova mais uma vez que o engajamento político pode muito bem andar junto com o rock’n’roll. Também em sua página no Facebook, o candidato postou o cartaz de uma noitada de shows em homenagem a Raul Seixas, que teria completado 69 anos em 28 de junho.
Outro integrante do quarteto, Eduardo Ferreira de Souza (PSDC), chegou a ter condições de se tornar um pouco mais conhecido, mas abandonou a oportunidade. Em 2004 e 2008, foi candidato a vereador em Contagem, na Grande Belo Horizonte, mas o próprio Eduardo afirma que não fez campanha. “Faltou muito voto mesmo.
Carimbados
Os candidatos de maior expressão na disputa pelo governo do estado são Fernando Pimentel (PT), ex-prefeito de Belo Horizonte e ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Pimenta da Veiga (PSDB), também ex-prefeito da capital e ex-ministro das Comunicações, o ex-prefeito de Juiz de Fora, na Zona da Mata, Tarcísio Delgado (PSB), e Fidélis Alcântara (Psol), militante de movimentos sociais de áreas como transporte e moradia, também sem chances na eleição, mas com um pouco mais de inserção no eleitorado, sobretudo da capital.
A turma com menos fôlego entre os oito candidatos ao Palácio da Liberdade conta ainda com André Alves (PHS). Candidato derrotado para vereador em Belo Horizonte em 2012, o concorrente é ligado ao deputado federal Luís Tibé (PTdoB). André Alves terminou a campanha há dois anos com péssima fama, sobretudo na região em que tem votos, em bairros como o Renascença e Nova Floresta. Moradores reclamaram muito à época do uso intenso de carros de som pelo candidato e também da grande quantidade de santinhos e outros materiais de campanha de André Alves.
A funcionária pública municipal Cleide Donária (PCO) fecha o quarteto dos candidatos que terão seus números menos acionados nas urnas eletrônicas em outubro. A concorrente foi candidata a deputada estadual em 2010. Fundado em 1997, o partido, porém, nunca elegeu um candidato em todo o país. Cleide se declara uma defensora dos menos favorecidos. “Estamos representando o setor da sociedade que sofre com governos tanto de esquerda quanto de direita. Que promovem o sucateamento da saúde e da educação”, afirmou, em discurso pelas comemorações do 1º de Maio.
Campanha na rua e na rede
O candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, Pimenta da Veiga (PSDB), fez caminhada ontem pelo Centro de Ibirité, na Grande Belo Horizonte. A cidade é o principal reduto eleitoral do vice na chapa do tucano, o presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro (PP), que participou da visita, acompanhado também pelo ex-governador e candidato ao Senado Antonio Anastasia.
No domingo, Pimentel abriu sua campanha com visita ao Aglomerado da Serra. Na segunda-feira, foi ao Café Nice, no Centro de BH. Pimenta da Veiga, que no domingo foi à Feira de Artesanato da Afonso Pena e na segunda à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), explicou os motivos da campanha ontem em Ibirité: “É uma cidade importante, primeiro, porque é muito populosa, depois, porque é uma região com a qual tenho muita ligação. Quando fui prefeito de Belo Horizonte, fiz muitas obras aqui perto. Hoje, quando vínhamos para cá, lembramos que a primeira etapa da Avenida Tereza Cristina quem fez fui eu. Então, essa é uma região com a qual tenho contato há muitos anos”, afirmou..