O senador Aécio Neves (PSDB) que concorre à Presidência da República voltou a usar a inflação como principal mote de ataque à presidente Dilma Rousseff (PT). Em visita nesta quinta-feira ao Espírito Santo, ele afirmou que a sua adversária fez “maldade”com a economia do Brasil. Segundo o tucano, os investidores foram afugentados. “O atual governo já fez a maldade. A maldade foi perder o controle sobre a inflação, afugentar os investidores do Brasil, essa é a grande verdade, através de um intervencionismo absurdo em determinados setores da economia, como o de energia, por exemplo”, declarou. Ele ainda afirmou que Dilma vai “pagar o preço” da eliminação da Seleção Brasileira da Copa.
O tucano comentou sobre a possibilidade de uso político da Copa do Mundo da Fifa no Brasil. Ele afirmou que, como torcedor, ficou “muito triste com o resultado”. Apesar de destacar que o mundial e as eleições são coisas distintas, o tucano admitiu que a derrota pode trazer consequências. “Todos nós estamos tristes com o resultado. Estive lá, como torcedor, no Mineirão, atônito com aquele resultado, e nunca misturei as coisas. Mas aqueles que esperavam fazer da Copa do Mundo, como disse a presidente, uma belezura para influenciar nas eleições, vão se frustrar”, aposta. A presidente disse que a Copa era “uma belezura” durante conversa com internautas na última segunda-feira.
O candidato ainda voltou a criticar o que ele chama de “absurdo aparelhamento da máquina” ao contabilizar os 39 ministérios da atual gestão do governo federal. Aécio já sinalizou que fará cortes no número de pastas, mas não especificou em quais a redução ocorreria.
Aécio Neves ainda criticou áreas como a saúde, segurança pública e afirmou que o Espírito Santo foi um dos estados mais “prejudicados pela omissão do governo federal”. “Poucos estados foram tão prejudicados quanto o Espírito Santo. O governo federal tem responsabilidade para com todo o país, e a omissão dele em questões centrais permitiu uma conflagração, o enfrentamento entre estados da Federação. Isso não é legítimo, isso não é aceitável”, disse.