O candidato ao governo de Minas da coligação Minas Para Você, Fernando Pimentel (PT), criticou, nesta quinta-feira, os atrasos por parte da administração estadual da elaboração de projeto para o metrô de Belo Horizonte. Segundo Pimentel, não há falta de recursos para execução da obra, mas falta de competência para elaboração da proposta. “ É isso que temos que explicar para os mineiros. O metrô não sai não porque não tem dinheiro federal. Tem dinheiro. Está lá esperando chegar o projeto”, disse. O petista comentou o assunto durante evento de campanha em Sabará, na Região Metropolitana da capital.
Ainda segundo Fernando Pimentel, cabe a empresa que vai operar as linhas em BH, a Metrominas - controlada pelo governo do estado em parceria com as prefeituras de Belo Horizonte e de Contagem -, elaborar o projeto.
Em maio, o Ministério das Cidades devolveu o projeto apresentado pelo governo de Minas para as obras da Linha 3, que ligará a Estação da Lagoinha à Savassi. Segundo a pasta, o projeto foi entregue com pendências que impedem o início das análises que serão feitas pela Caixa Econômica Federal. “A Caixa já informou ao governo do estado que faltam documentações, como o orçamento e o cronograma da obra”, informou o ministério por nota.
O órgão informou que, a partir do momento que o governo de Minas entregar o projeto com a documentação completa, a Caixa deverá concluir a análise da proposta em 30 dias úteis e a enviará à pasta das Cidades, responsável pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – Mobilidade Grandes Cidades.
Em nota, o governo de Minas disse que a responsabilidade pela obra do metrô da capital é de responsabilidade do governo federal e que os projetos elaborados foram entregues à Caixa Econômica Federal “rigorosamente nos prazos”. Ainda conforme a nota, trata-se de projeto complexo e que foi feito em prazo recorde. Quanto a devolução, a administração estadual afirmou que apenas 10% do itens precisam de revisão. “Esses detalhamentos foram feitos pelo consórcio responsável pela elaboração do projeto e, neste momento, estão sendo analisados pelos técnicos do Estado, para que sejam entregues, o mais breve possível, à Caixa Econômica Federal”, esclareceu em nota.
Ainda segundo o governo de Minas, o estado só assumiu a responsabilidade pela elaboração do documento em abril de 2012. Antes disso, chegou a fazer proposta de ampliação das linhas por meio de parceria público privada (PPP), mas que, segundo a nota, foi “ignorada”. .