Uma das questões que ocupam o topo das prioridades dos eleitores, a segurança pública foi mote para mais uma troca de acusações entre os dois principais candidatos ao governo de Minas, Pimenta da Veiga (PSDB), da coligação Todos por Minas, e Fernando Pimentel (PT), da coligação Minas pra Você. A “batata quente” foi jogada no colo adversário, numa tentativa de responsabilizar ora o governo federal, ora o governo do estado – que eles têm como padrinhos eleitorais – pelos problemas na área. O petista tratou de atacar o governo do estado: criticou o que chamou de “descasamento” entre as polícias Militar e Civil em Minas Gerais e a falta de investimento na segurança pública. O tucano rebateu considerando a União culpada dos problemas de segurança por “não fechar as fronteiras do país” para as armas e drogas.
De acordo com o petista, a queixa de falta de investimentos é recorrente entre prefeitos. “Pega o caso de Santana da Vargem (Sul de Minas). Não tem delegacia de polícia”, afirmou. “Quando a guarnição da Polícia Militar efetua uma prisão ou vai fazer ocorrência, tem de se deslocar para um município que tenha delegacia da Polícia Civil para abrir o procedimento correto”, continuou. “Enquanto isso, a cidade fica desguarnecida. Isso é muito comum no interior”, acrescentou.
‘REBELIÃO’ Em Vespasiano, na Grande BH, Pimenta rebateu o adversário petista, dizendo que é “falta de vergonha” dele culpar o estado pelas mazelas da segurança. O tucano pediu uma “rebelião” contra o governo federal, que, segundo ele, “transformou o Brasil no maior consumidor de crack do mundo e num dos maiores consumidores de cocaína e depois vem com essa hipocrisia de cobrar do governo estadual”.
Pimenta da Veiga também falou de segurança em Betim, na região metropolitana. Questionado sobre suas propostas para o setor, o tucano disse contar com a eleição do senador Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República para que o padrinho político faça o controle das fronteiras. Ele também espera ver o colega de partido eleito para implementar, em parceira, o metrô na região metropolitana “em oito anos”. Acompanhado de lideranças locais, como o prefeito de Betim, Carlaile Pedrosa (PSDB), Pimenta partiu da Avenida Amazonas, principal via do centro da cidade, onde fez discurso para cerca de 400 pessoas, e seguiu visitando algumas lojas. Em uma delas, o tucano tomou uma vitamina, que chamou de “vitamina da vitória”. (Colaborou Virgínia Gonzaga)