Jornal Estado de Minas

Durante a Copa houve decisões importantes no Executivo, Judiciário e Legislativo

Junto com o Mundial, começou também a competição das urnas

Flávia Ayer
Milhões de brasileiros viveram no último mês um período sabático dedicado ao futebol.
De 12 de junho a 13 de julho, as atenções estiveram voltadas para a tão aguardada Copa do Mundo e quase nada importou a não ser o Mundial. O país parou para receber gente do mundo inteiro, torcer pela Seleção canarinho, chorar um vexame histórico, com a derrota para a Alemanha por 7 a 1, e ver a glória dos alemães em solo verde-amarelo. E, nessa euforia, o Brasil de fora dos gramados passou em branco. Teve Copa, sim, mas também decisões importantes no Judiciário, Legislativo e Executivo. Passada a Copa do Mundo e de volta à vida normal, o Estado de Minas fez a escalação dos principais acontecimentos que movimentaram o campo da política enquanto a bola rolava nos estádios.


Junto com o Mundial, começou também a competição das urnas. Em junho, os partidos definiram todos os candidatos e, na semana passada, foi dada oficialmente a largada para as eleições de outubro, com a liberação da propaganda eleitoral. Nos palanques nacionais, a presidente Dilma Rousseff (PT), o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) protagonizam a disputa.

Em Minas, os principais candidatos são os ex-ministros Fernando Pimentel (PT), Pimenta da Veiga (PSDB) e o ex-prefeito de Juiz de Fora Tarcísio Delgado (PSB).

Os tribunais também passaram por um período movimentado, com o anúncio da aposentadoria do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. O processo do mensalão passou para as mãos de Luís Roberto Barroso e contou com decisões polêmicas da Corte. O ex-ministro José Dirceu e mais quatro mensaleiros receberam autorização para trabalhar fora do presídio. Distante dos gramados, Dilma Rousseff aproveitou para lançar programas de benefícios ao setor privado e nova etapa do programa Minha casa, minha vida.

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Em São Paulo, o senador Aécio Neves (PSDB), principal opositor da presidente Dilma Rousseff (PT), é o primeiro a se lançar na disputa pela Presidência da República, em convenção nacional da legenda. Uma semana depois de Aécio, Dilma é anunciada candidata à reeleição, fazendo novamente dobradinha com o vice Michel Temer (PMDB). Entre os principais concorrentes ao Palácio do Planalto, o último a entrar no páreo foi o ex-governador Eduardo Campos (PSB) e sua vice Marina Silva, que tiveram candidatura oficializada no dia 28. Aécio anunciou seu vice, o também senador Aloysio Nunes, no fim do mês.

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Para resgatar a confiança do empresariado, no menor nível desde 2009, a presidente Dilma Rousseff lançou um pacote de bondades para o setor privado. A principal medida é o Refis, programa que permitirá a todos os setores da economia renegociarem débitos tributários existentes até 31 de dezembro de 2013.

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Entra em vigor o Marco Civil da Internet, que define direitos e deveres de internautas e empresas para o uso da
rede no Brasil.

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Cerco aos fichas-sujas nas eleições de outubro. O Tribunal de Contas da União (TCU) entregou ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli, lista de 6,6 mil administradores públicos que tiveram contas julgadas irregulares nos últimos oito anos e podem se tornar inelegíveis em 2014. O campeão de contas-sujas, entre 2006 e 2014, é o Distrito Federal, com 729 inscritos, seguido de Minas Gerais, que tem 655 nomes.

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O ex-ministro José Dirceu, condenado do processo do mensalão, recebeu autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para trabalhar durante o dia na biblioteca do escritório de advocacia de José Gerardo Grossi, em Brasília.
Ele se beneficiou do entendimento da Corte de que condenados em regime semiaberto não precisam cumprir um sexto da pena para ter direito ao trabalho externo. No dia seguinte, outros quatro mensaleiros também tiveram autorização para trabalhar: o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, os ex-deputados federais Valdemar da Costa Neto e Pedro Corrêa
e o ex-tesoureiro do extinto PL (hoje PR)
Jacinto Lamas.

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Depois de 11 anos nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa teve sua última sessão à frente da Corte. Ex-relator do mensalão, o presidente do STF afirmou que se aposenta com o sentimento de dever cumprido e de “alma leve”. Mantendo seu perfil polêmico, Barbosa não fez discurso de despedida e saiu do plenário sem avisar os colegas, antes do fim da sessão. Ex-relator do processo do mensalão, Barbosa foi o primeiro negro a assumir o cargo de ministro do Supremo.

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Condenado a sete anos e 11 meses de prisão no regime semiaberto por corrupção, o ex-ministro José Dirceu foi transferido do Complexo Penitenciário da Papuda para o Centro de Progressão Penitenciária (CPP). No dia seguinte à mudança, Dirceu começou a trabalhar no escritório de advocacia de José Gerardo Grossi.

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Começa oficialmente a corrida eleitoral, com a autorização da propaganda pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Oito candidatos concorrem pelo governo de Minas, sendo os principais nomes os dos ex-ministros Fernando Pimentel (PT) e Pimenta da Veiga (PSDB), além do ex-prefeito de Juiz de Fora Tarcísio Delgado (PSB). Em Minas, há 635 candidatos a deputado federal e 1.099 candidatos a deputado estadual.

 

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