Questionado pela reportagem sobre a superficialidade de suas propostas relativas à questão da falta d’água expostas nas diretrizes de governo, o candidato do PT, Alexandre Padilha, afirmou que terá a ajuda do governo federal para realizar as obras no setor.
"Vamos executar as obras que captam as águas de São Paulo em outros pontos, como no Vale do Ribeira, que captam água de São Paulo na região de Campinas e outros pontos que têm que captar água e fazer a interligação entre as represas que existem", afirmou Padilha, num ato de campanha, realizado em Santo André, na sexta-feira passada. "Junto com o governo federal, com obras do PAC, vamos urbanizar as habitações que existem em regiões de mananciais, para que haja tratamento de esgoto nessas regiões e, com isso, proteger nossas fontes de água do Estado de São Paulo."
O economista André Rebelo, responsável pela coordenação do programa de governo de Skaf, ressalta que o que foi apresentado ao TRE foram apenas as diretrizes e não o programa completo. Não diz, porém, se até o fim da campanha será divulgado um programa completo de governo. "A gente está estudando se vai divulgar ou não (o programa de governo completo). Mas temos contato com pessoas que entendem muito de água", afirmou. Sem revelar nomes, Rebelo diz que a campanha de Skaf discute a questão hídrica com um colegiado de funcionários da Sabesp de cargos de média gerência e diretoria que apoiam o peemedebista, estão descontentes com a atual gestão da Sabesp, mas não querem se expor para evitar retaliações.
'Lamentável'
Em nota, a campanha de Alckmin disse que é "lamentável julgar qualquer proposta, relato ou texto unicamente pelo número de palavras" e não respondeu aos questionamentos feitos pela reportagem a respeito das propostas do tucano para enfrentar a crise hídrica. "Se o Estadão decidir debater propostas de governo, e não contagem de palavras, o PSDB estará à disposição", diz a nota.
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