Orgulhosa do resultado da organização da Copa do Mundo, Dilma teve de responder perguntas sobre os gastos com estádios. Para ela, os US$ 4 bilhões investidos em estádios não são parte significativa dos investimentos feitos em saúde e educação.
Dilma Rousseff falou ainda da importância das obras de infraestrutura realizadas para a Copa do Mundo e disse que o Brasil precisa "do triplo" do que já foi feito. A necessidade de infraestrutura é, para ela, um desafio para o país.
Sobre as obras que não ficaram prontas, como o metrô de Fortaleza citado pelo entrevistador, Dilma fez questão de dizer que elas não estavam sendo feitas para o torneio, mas para a população. "Tudo que nós investimos na Copa do Mundo vai ficar no Brasil, vai ficar para o brasileiro. O que as pessoas levam do Brasil é o bom tratamento", afirmou a presidente, que lembrou que o País está investindo US$ 70 bilhões em obras de mobilidade urbana.
Ciclo econômico
Durante a entrevista, Dilma afirmou também que o Brasil deve entrar num novo ciclo econômicos ao final da crise que chegou aos países emergentes a partir de 2011. "Estamos preparando o Brasil para o ciclo econômico. Estamos em baixa no ciclo econômico (em razão da crise), mas sabemos que vamos entrar em um novo ciclo, que se não surgir para o resto do mundo vai surgir para o Brasil", firmou.
A presidente citou como exemplo desse ciclo o investimento em inovação, liderada pelo projeto Ciência Sem Fronteira, que envia estudantes brasileiros para estudar em outros países.
Dilma citou a educação como um de quatro passos importantes para o País se desenvolver. Ela inclui na lista investimentos em infraestrutura, a manutenção de programas para assegurar que pessoas que saíram da pobreza possam se manter no novo nível econômico e social atingido, e, por último, melhorar a relação do Estado com o cidadão.
A entrevista foi gravada na última sexta-feira, 11, antes de Dilma ser novamente vaiada e xingada durante a final da Copa do Mundo no Maracanã..