O candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, prometeu nesta terça-feira, 15, que caso seja eleito fará em apenas quatro anos as obras indicadas pela Sabesp há dez anos e que, segundo ele, poderiam evitar a atual crise hídrica no Estado. "As diretrizes registradas no TSE já apontam um caminho para isso", afirmou, em referência ao documento oficial com propostas de governo entregue pelo partido à Justiça Eleitoral.
Padilha disse ainda que uma "segunda linha" de enfrentamento do problema hídrico é atacar a questão do desperdício de água. Ele afirmou que desde a renovação da outorga da Sabesp o desperdício de água do volume operado pela empresa é da ordem de 30%. Além disso, o candidato afirmou que fará um programa de estímulos de captação de água pluvial e de reúso.
De acordo com o candidato petista, é um equivoco responsabilizar a seca para explicar o atual problema no Estado. "Sou filho de alagoana, quem é nordestino ou filho de nordestino sabe que uma temporada não seca nem um açude no sertão. Não é uma temporada de seca que vai secar um sistema de seis represas como é o sistema Cantareira", disse. "Faltou planejamento."
Único adversário
Ao ser questionado sobre sua relação com o candidato do PMDB ao Palácio do Bandeirantes, Paulo Skaf, que no âmbito federal é alinhado ao PT e que está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, Padilha reforçou que seu "único adversário" na disputa é o atual governador e candidato à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB).
"Sou um candidato que está trazendo um programa de mudança para o governo do Estado. Eu não fico lendo programa de governo ou fala de outros candidatos. Sempre falo nosso único adversário é o governador", afirmou.