A candidata do PSOL à Presidência da República, Luciana Genro, passou o dia em Belo Horizonte para dar a largada de sua campanha no Estado. Luciana afirmou que a terceira via política é a sua legenda, que possui "verdadeiras propostas concretas para mudar a estrutura política e econômica do País". "Aécio Neves (PSDB) significa um retrocesso ao neoliberalismo; Dilma Rousseff (PT) é um continuísmo conservador, que acaba levando também a retrocessos; e o Eduardo Campos (PSB) está no meio do caminho entre os dois: ele é um híbrido entre o PT e o PSDB", disse a jornalistas, durante um 'bandeiraço' na Praça Sete, no centro da capital mineira. Mais cedo, a candidata fez uma caminhada por moradia na ocupação urbana Eliana Silva, na região do Barreiro, e almoçou com apoiadores em Contagem, na região metropolitana.
A candidata comentou que irá se espelhar em Plínio de Arruda Sampaio, ex-deputado e que disputou a presidência por quatro vezes, que morreu no início do mês. "Vou me espelhar nele no sentido de dizer exatamente o que as pessoas gostariam de dizer e não têm a oportunidade de dizer para os políticos e também pautar os temas que os políticos do sistema não querem pautar. A essência do problema é o fato de que o Brasil está subordinado aos interesses do grande capital. Hoje quem comanda o País são os bancos, as grandes empreiteiras, as multinacionais", disse, reforçando que o PSOL possui uma política de não receber doações desses grandes grupos e que a campanha deste ano será financiada por doações de pessoas físicas, de militantes.
Copa
Sobre relacionar a realização da Copa do Mundo com a política, a candidata do PSOL disse não ver influência direta. "O que tem a ver é o escândalo que foram as negociatas que ocorreram nos bastidores dos jogos. As empreiteiras que financiam os grandes partidos são as mesmas que fizeram as obras superfaturadas da Copa. E há o contraste entre a ostentação dos estádios, construídos com o dinheiro público, a juros subsidiado, com a precariedade dos serviços públicos, como a saúde, educação, do transporte, da segurança, da miséria de uma ampla parcela da população."
Já o candidato ao governo do Estado pela Frente de Esquerda Socialista (PSTU/PSOL), Fidélis Alcantara (PSOL), disse acreditar que a relação entre a Copa e política é uma "grande falácia", uma "conversa fiada". "Tentar julgar ou misturar não passa de uma jogada de alguns partidos tentando tirar algum proveito contra ou favor do Mundial. Acredito que o brasileiro sabe muito bem separar política de futebol", declarou.