O recesso branco anunciado hoje pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal deve ter como principal vítima as duas CPIs em curso para investigar irregularidades na Petrobrás.
"A CPI esta praticamente morta. Se houver interesse em prorrogar , ela poderá ter uma sobrevida. Se não houver interesse em prorrogar, ela morre. Porque não é possível esperar algo dessa CPI durante a campanha", diz o senador tucano. Para ele é "absolutamente improvável" obter quórum mesmo nos dias de esforço concentrado de votações já agendados pelos presidentes da Câmara e do Senado para agosto e setembro.
As palavras de Dias resumem muitas conversas de bastidor mantidas ontem no Congresso por políticos da base governista, da oposição e também por técnicos que trabalham na CPI. O presidente das duas CPIs em curso é o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). Ele foi procurado, mas não pôde atender a reportagem segundo afirmou sua assessoria, porque o período de campanha é muito atribulado - ele concorre ao cargo de governador da Paraíba neste ano. A assessoria afirmou que Vital descarta a possibilidade de prorrogar os trabalhos das comissões, que terminam em outubro.