O ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e candidato ao governo de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), afirmou nesta sexta-feira, durante visita a Juiz de Fora, na Zona da Mata, que não pretende fazer a integração das polícias civil e militar. Segundo o petista, a ideia “já não deu certo” e o necessário seria investir na integração das ações. “Não vamos ficar falando de integração de polícia, unificação de polícia, isso já não deu certo, nós não vamos fazer isso. Nós vamos integrar as ações”, afirmou. Pimentel conversou com os jornalistas, após encontro com prefeito de Juiz de Fora, Bruno Siqueira (PMDB), para tratar de apoio formal à canidatura dele. Pimentel minimizou qualquer divergência com o PMDB local.
Ainda sobre segurança pública, Pimentel voltou a destacar que a falta de delegacias da Polícia Civil em todos os municípios do estado evidência o que ele classificou como “desestruturação” em Minas. “Nós vamos evitar o que acontece hoje no estado inteiro. Um município pequeno tem uma guarnição da polícia militar, mas não tem delegacia da polícia civil, então se os policias efetuam um flagrante ele tem que viajar 100 quilômetros com a vítima, às vezes com vítima e com o criminoso na viatura, para achar uma delegacia, quem nem sempre está próxima, fica em outro município, enquanto isso a cidade fica desguarnecida”, analisou.
Juiz de Fora
O candidato do PT disse que a região da Zona da Mata, mais especificamente Juiz de Fora tem perdido oportunidades de ampliar seu parque industrial. Pimentel disse que as poucas iniciativas que ocorreram foram proporcionadas por iniciativa dos próprios empresários ou propiciada pelo governo federal.
Campanha de Dilma
Pimentel classificou o eleitor mineiro como “muito maduro”. Ele afirmou que não enxerga conexão direta entre o desempenho da campanha dele para o governo de Minas e a da presidente Dilma, que concorre à reeleição. “Eu sou aliado da presidente Dilma. Vou fazer e estou fazendo campanha pela reeleição da presidenta Dilma. Mas eu não posso imaginar que o bom ou mal desempenho da minha campanha influencie tanto assim na campanha da presidenta, acho que não. Espero que nós dois tenhamos um bom desempenho”, disse.