Jornal Estado de Minas

Campos é confundido com Kassab em Taboão da Serra

Terceiro colocado nas pesquisas de intenções de voto, Campos tenta se fazer conhecido do eleitorado distante do seu território eleitoral

Em sua caminhada pelo centro de Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo, na manhã desta sexta-feira, 18, o candidato do PSB à Presidência, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, foi reconhecido por conterrâneos e contou com a ajuda da equipe de campanha para se apresentar aos moradores da cidade.

A apresentação no microfone, entretanto, não foi suficiente para todos.
"É o Kassab?", perguntou um jovem que acabara de receber um aperto de mão do candidato.

Terceiro colocado nas pesquisas de intenções de voto, Campos tenta se fazer conhecido do eleitorado distante do seu território eleitoral. "Governador, que felicidade em te ver por aqui. Sou de Vitória de Santo Antão", disse a vendedora de uma loja de departamentos ao ser abraçada pelo candidato. "É o governador do meu Estado", explicou à colega. "Ele é candidato a presidente", completou, quando questionada sobre o porquê de o político visitar Taboão da Serra.

"Tu é neto de Arraes, um grande homem da nação", disse um eleitor com entusiasmo, lembrando Miguel Arraes, ex-governador do Estado. "Eles (políticos) só vêm nessa época (de campanha)", reagiu um senhor. "Tenho foto com a Marta Suplicy", completou.

Na visita a Taboão, Campos contou com o apoio do candidato a deputado federal Aprigio (PSB-SP), que vive na cidade.
Enquanto Campos cumprimentava as pessoas, pessoas contratadas pelo candidato local agitavam bandeiras, uma pequena caixa de som anunciava a presença do pernambucano e repetia o bordão: "Eduardo e Marina para mudar".

"Se estivesse com a Marina aqui ia ser dez. Gosto dela", disse um eleitor, em referência à ex-ministra Marina Silva, vice na chapa de Campos. Os dois têm prevista uma agenda conjunta ainda nesta tarde, na cidade de Crato (CE).

Campos foi reconhecido por muitos, ainda que algumas das pessoas contratadas para segurar as bandeiras de Aprigio não tivessem o nome do presidenciável na ponta da língua. Segundo elas, receberam R$ 70 pelo serviço..