O Ministério Público Eleitoral já pediu a impugnação de Arruda com base na Ficha Limpa. Se a candidatura for mantida e o ex-governador vencer a disputa de outubro, Janot afirmou que a Procuradoria vai recorrer para tentar impedir a diplomação.
“Na minha opinião é causa de impugnação, sim. Tem ampliação da Lei da Ficha Limpa agora. E, se por acaso, essa tese jurídica não for vitoriosa na Justiça Eleitoral, o que eu confio que será, vamos para a segunda etapa”, afirmou Janot.
Ao entrar com a impugnação de Arruda, o procurador regional eleitoral do Distrito Federal, Elton Ghersel, argumentou que o ex-governador deve ser considerado inelegível por ter sido condenado pelo Tribunal de Justiça em decisão colegiada. A decisão da corte ocorreu no dia 9, quatro dias após o prazo para políticos registrarem suas candidaturas.
De acordo com a Justiça Eleitoral, as condenações por improbidade administrativa e enriquecimento ilícito são as causas de inelegibilidade do candidato. Como a condenação veio após o registro da candidatura, Arruda se diz “ficha-limpa” e alega preencher os requisitos legais para concorrer a um novo mandato como governador do Distrito Federal.
Operação Lava Jato
Durante um café da manhã com os jornalistas, Janot afirmou que o esquema de lavagem de dinheiro investigado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, envolve vários “destinos e destinatários”, e teria movimentado uma quantia de recursos que ele nunca viu na vida.
A operação prendeu o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, além de levar o deputado paranaense André Vargas, ex-vice-presidente da Câmara, a ser forçado a deixar o posto e o PT, partido ao qual era filiado.
“O que eu posso dizer é que é um esquema enorme de lavagem de dinheiro. E esse dinheiro era utilizado em mais de uma utilidade.