Enquanto o presidenciável cumprimentava os eleitores, pessoas contratadas pelo candidato a deputado José Aprígio da Silva (PSB) agitavam bandeiras, soltavam rojões e abordavam pedestres gritando seu nome. Segundo elas, o pagamento era de R$ 70 pelo serviço.
Um homem com uma caixa de som usava um microfone para apresentar Campos às pessoas, mas a maioria delas não reconhecia o candidato. “É o Kassab?”, perguntou um jovem que acabara de receber um aperto de mão de Campos.
Ao ver o ex-governador passar, um senhor indagou se ele se chamava “Aécio Campos”, fazendo uma mistura inusitada com o nome do candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves.
Campos, no entanto, foi reconhecido por conterrâneos. Ex-governador de Pernambuco, foi abordado por uma eleitora: “Governador, que felicidade em te ver por aqui. Sou de Vitória de Santo Antão”, disse a vendedora de uma loja ao ser abraçada pelo candidato. “Ele é candidato a presidente”, comentou ao ser questionada sobre Campos.
Segundo a última pesquisa Datafolha, o candidato do PSB tem 8% das intenções de voto e é desconhecido por 41% da população. Ontem, ao comentar o resultado do levantamento, disse que subirá nas pesquisas depois que se tornar conhecido.
Caminhadas em locais públicos são uma estratégia de campanha adotada por Campos. Ao lado de sua vice, a ex-ministra Marina Silva, ele deu início à jornada eleitoral, no domingo, fazendo uma visita a uma das maiores favelas do País, a comunidade Sol Nascente, no Distrito Federal.
Dobradinha
Nas placas de propaganda de Aprígio, que tentará uma vaga na Câmara dos Deputados, havia, além da referência a Campos e Marina, os logotipos dos tucanos Geraldo Alckmin ao governo de São Paulo e José Serra ao Senado.
Candidato a vice na chapa de Alckmin, o deputado Márcio França (PSB), é um entusiasta dessa mistura..